Combustíveis voltam a subir nas bombas

Tanqueiros adiam paralisação para ampliar diálogo pela redução dos preços dos combustíveis; estado de greve continua

 

Jorge Guimarães 

O consumidor divinopolitano não havia sentindo ainda, no bolso, os reajustes anunciados pela Petrobras no último dia 11. Mas desde a última semana, compreendida entre os dias 16 e 22, as bombas já registraram um aumento de 1,47% no preço da gasolina comum e de 5,13% no litro do diesel. Um levantamento foi realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em sete pontos de vendas na cidade. Os preços devem ser ainda pressionados pelo fim do congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, a partir de 1º de fevereiro.

Preços

Segundo a pesquisa, o preço médio da gasolina praticado na cidade na última semana foi de R$ 6,90, o mais baixo ficou em R$ 6,79 e o mais caro R$ 6,99. Já o diesel, o custo médio foi de R$ 5,53, o mais barato de R$ 5,35 e o mais alto praticado foi de R$ 5,74.

— O que aconteceu foi que os postos repassaram o último aumento da Petrobras, devido às novas remessas de combustíveis. Agora é esperar como o mercado vai ficar a partir de fevereiro, pois a partir do dia 1º acontece o fim do congelamento sobre o ICMS em cima dos combustíveis. Como o mercado é livre, vai valer a estratégia de cada bandeira — avaliou o empresário do ramo, Eduardo Print Jr.  

Reunião 

O Sindtanque-MG e entidades representativas dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Distrito Federal se reuniram na tarde da última terça-feira  para decidir sobre os rumos do movimento que busca a redução dos preços dos combustíveis, principalmente do óleo diesel.

As entidades reivindicam o fim da Paridade dos Preços de Importação (PPI); extinção do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF); mudanças imediatas nas políticas de preços dos combustíveis praticadas pelos governos estaduais; e a redução do ICMS dos combustíveis, principalmente do diesel, no caso de Minas, de 14% para 12%.  

— Ainda que a insatisfação contra os altos preços dos combustíveis seja geral e que tenhamos alcançado uma grande adesão ao nosso movimento em todo o país, decidimos continuar a luta para ampliar o diálogo com os governos federal e estaduais pois entendemos que a greve deve ser o último recurso e, neste momento, poderia penalizar ainda mais a população, que, tanto quanto nós, transportadores, têm sido sacrificada pelos altos preços dos combustíveis. Desta forma, insistimos para que as autoridades governamentais reconheçam nossos esforços, ampliem os canais de diálogo e adotem as medidas necessárias para atender às nossas reivindicações — disse o presidente do sindicato, Irani Gomes.

Mobilização nas bases  

Ainda de acordo com Irani, as entidades manterão a mobilização nas bases. 

— A greve não é interessante para ninguém. Mas, caso as negociações com os governantes não avancem, é uma possibilidade que não está descartada e pode ser deflagrada a qualquer momento — finalizou. 

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