Com todas as letras...

Antônio de Oliveira

Este nome, Alfabeto, me foi dado. Constitui um tema rico. Semente boa em terra fértil. Onde tudo começa. Vem a chuva, molha cabeça, ombros, joelhos e pés. Tomado de corpo inteiro, a inspiração brota. E transpira. 

Sílvio Santos está no ar: Roda a Roda Jequiti. Ele sabe que com letras se brinca, se diverte; formam-se sílabas, palavras. Vendem-se perfumes e cosméticos. Joga-se com a sorte... Sorteio, sorte, sortudo. Fazer muito com pouco. Soletrando... Em se plantando, tudo dá; em se maquiando, tudo vende...

Tanto que esta crônica é mais uma de uma série, variante sobre o mesmo tema. Não sei se isso vai representar desenvolvimento de cada enfoque, sistematicamente. Só sei de uma coisa. Como li, em Fernando Rocha, meu “propósito é o plano de todas as letras do alfabeto”. Com todas as letras, isto é, com pormenores, explicitamente. Tentando tirar de letra. À letra, palavra por palavra, literalmente... 

As 21 letras, constitutivas do meu total de letras (26), chamam-nas consoantes. De “com” mais soante. De soar, soar junto. Que tem consonância. As restantes são as cinco vogais. Vogal se diz também de representante paritário da classe dos empregados ou dos empregadores, ou pessoa que tem direito a voto em uma assembleia.

As letras podem ser digitalizadas dentro de um leque de opções e uma variedade de tamanhos da fonte. Uma consoante, para constituir um som significativo, isto é, um fonema, geralmente vem unida a uma vogal. Uma divisão silábica, no encadeamento da fala, leva em conta sequências de vogais e consoantes que se juntam para constituir palavras. Palavras inventadas e que se reinventam...

Palavras ao vento. Palavras na areia. Palavras pichadas. Sete palavras na cruz. Palavras que permanecem: “Quod scripsi, scripsi”. Mensagens em garrafas por todo o mar…

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