Coluna Por Trás da Franja 07/01/2022
Por trás da franja Retrô
O Por Trás da Franja segue sendo minha terapia impressa, pública e escrita; meu cantinho do pensamento, meu compartilhamento de emoções e frustração, um muro de lamentações? A cada texto dividido aqui ao longo de mais um ano, me sinto abraçada por cada um que se identifica e também divide seus pensamentos. Em 2021 foram 42 textos e ainda "nasceu" o "Dividindo a Franja". Neste novo ano, quero dividir, jogar pro lado, pra trás, bagunçar, enfim, revirar essa Franja e abrir a mente para novos horizontes, mas, antes de recomeçar, hoje é dia de revisitar algumas frases do ano que, enfim, se foi.
Janeiro
Ciência é sinônimo de esperança. Estou já aguardando a temporada de abraços e sorrisos além dos olhos.
Fevereiro
Por um mundo com mais diálogo sinceros, sem filtros e muito, muito menos padrões, regras e monólogos
Março
Cerque-se de mulheres que te inspiram, que você admira, de mulheres que apoiam outras mulheres, que abrem caminho e dão palco, sem protagonismo ou exclusão.
Abril
Sigo em frente pelo movimento, não pela chegada, até porque chegar a algum lugar é, de fato, nos encontrar com o próximo ponto de partida.
Maio
O gostar do outro não é uma necessidade. O que precisa existir entre as pessoas para uma convivência civilizada é o respeito. O gostar é bônus, é um mimo, o "plus a mais".
Junho
Paira no ar uma deselegância existencial, pública e virtual. Um atraso, um apego à ideias que deviam ter ficado para trás, ou sequer um dia existido. Somos a vanguarda da estupidez mundial.
Julho
Se atualizamos nossos aplicativos e softwares para reparar erros e tornar a vida mais leve e prática, “bora" trazer upgrades para a vida real. Dá pra viver melhor, mais leve, dá, inclusive, pra ser sem preconceito e pra todo mundo.
Agosto
Estejamos nós, mulheres, atentas aos pensamentos ultraconservadores, intolerantes, ao extremismo, ódio gratuito, discursos autoritários disfarçados de palavras em nome de Deus. É exatamente assim que começa o fim.
Setembro
Precisamos falar da importância do silêncio quando não se tem nada a dizer ou postar. Seríamos poupados de tanto. Se poupe, nos poupe.
Outubro
A gente chega num limite de exaustão que já não encontra mais forças para chorar, gritar ou argumentar. A saída é emitir lá do fundo aquele palavrão que resume em palavras todo o sentimento engasgado.
Novembro
Minhas saudades não têm nome próprio. São saudades subjetivas. Saudade de atitudes mais razoáveis, tenho saudade do que a gente pode um dia viver, de mais afeto no olhar pelo outro, de mais acolhida pelo próximo
Dezembro
A intuição é sua amiga tanto quanto a razão. Fuja dos ruídos externos e silencie os internos, fique mais introspectivo e ouça aquela voz que ecoa lá do fundo, porque lá a gente já sabe as respostas.