Cleitinho, Domingos, Eduardo e Lohanna são diplomados

Eleitos relatam ansiedade para início dos trabalhos em Brasília e na capital mineira

 

Bruno Bueno

Os quatro políticos escolhidos para representar Divinópolis no Senado, na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa (ALMG) foram diplomados ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A diplomação contemplou os 77 deputados estaduais da nova composição e os 53 representantes do estado na Câmara dos Deputados, além do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e o governador Romeu Zema (Novo).

A reportagem conversou com os quatro representantes de Divinópolis sobre as expectativas para os mandatos.

O homem de 4 milhões de votos

Filho de verdureiros, Cleitinho saltou da Câmara de Divinópolis para o Senado Federal em apenas seis anos. O político de 40 anos teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano e recebeu mais de 4,2 milhões de votos, sendo eleito com 41,52% do total.

Conhecido por denunciar gastos desnecessários e escândalos com o dinheiro público, Cleitinho ressaltou ao Agora que deseja manter a mesma postura em Brasília.

— Estou pronto para honrar os votos que me foram confiados e firme no propósito de trabalhar por uma reforma política que contemple a população, e não os políticos — pontua.

O divinopolitano trocou de partido recentemente. Mesmo com a mudança de sigla, Cleitinho garante que, em seu mandato, “o Senado estará mais próximo do povo”.

Três décadas de experiência

Domingos Sávio (PL) completa, no próximo ano, 30 anos de vida política. O representante recebeu 90.236 votos e engatou o quarto mandato consecutivo como deputado federal. Antes, ele havia sido vereador, presidente da Câmara e prefeito de Divinópolis, além de deputado estadual. 

Filiado ao PSDB durante boa parte de sua carreira, Domingos migrou para o PL no meio deste ano para disputar as eleições e apoiou incondicionalmente a campanha de Jair Bolsonaro. Com a derrota do presidente, o político já declarou oposição a Lula (PT) no próximo mandato.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado para ouvir a expectativa sobre a posse. Até o fechamento desta página, às 18h, o Agora não obteve resposta.

Mais votado entre os novatos

Irmão de Cleitinho, o vereador Eduardo Azevedo (PSC) foi eleito para a Assembleia Legislativa com 92.624 votos. Com pautas ligadas ao conservadorismo, movimentos pró-vida e outros temas, o político foi o mais votado entre todos os deputados que foram eleitos para a ALMG pela primeira vez.

À reportagem, ele disse estar animado com a nova etapa em sua trajetória política.

— Confiante de que, com a graça de Deus, faremos um ótimo trabalho em prol dos mineiros. Quero continuar na luta pelos valores conservadores, em defesa da família, da vida e das crianças — ressalta.

Eduardo também se comprometeu a lutar pela melhoria da qualidade de vida da população mineira e incentivo ao desenvolvimento econômico. 

— Também quero atuar para que a burocracia estatal seja diminuída em vista de beneficiar as atividades que geram trabalho e renda para nosso povo — completa.

A mulher que faz história

Lohanna França (PV) é mais uma que deixa a Câmara rumo à Assembleia Legislativa. Primeira deputada estadual da história de Divinópolis, a jovem de 27 anos recebeu 67.178 votos. Antes, em 2020, foi eleita vereadora com a maior quantidade de votos da história.

Defensora dos direitos LGBTQIA+, meio ambiente, educação, mulheres e outras pautas semelhantes, a parlamentar ganhou visibilidade ao fazer críticas direcionadas a Bolsonaro. Um de seus vídeos alcançou mais de dois milhões de visualizações.

Lohanna promete expandir o trabalho feito como vereadora em todo o estado. Ela recebeu votos em 748 municípios.

— Graças aos votos de mineiros e mineiras que acreditam que Minas Gerais pode mais, serei diplomada deputada estadual. Estou muito animada e transformarei toda a gratidão e alegria com muito trabalho em toda Minas Gerais, honrando cada voto — declara.

Diplomação

A diplomação dos eleitos é um ato previsto na legislação e marca o encerramento do processo eleitoral. O ato consiste na entrega do diploma aos eleitos, um documento oficial emitido pelo TRE que é condição para a posse em 2023. A solenidade foi realizada na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte. 

— É uma solenidade formal e protocolar, um rito que oficializa a escolha das pessoas eleitas por meio do voto. Ao receberem seus diplomas, as eleitas e os eleitos estarão aptos a tomar posse e exercer seus mandatos — explicou o TRE/MG, em nota.

A entrega dos diplomas aconteceu após o término do pleito, a apuração dos votos e o vencimento dos prazos de questionamento e de processamento do resultado. Para receber o diploma, os candidatos eleitos precisam estar com o registro de candidatura deferido e as contas de campanha julgadas.

Dinâmica

Os diplomas foram entregues primeiramente para o governador e vice. Depois, foi a vez do senador e seus dois suplentes. Deputadas e deputados federais em sequência e, por fim, deputadas e deputados estaduais. 

Os políticos foram chamados ao palco por ordem alfabética, considerando o nome que constou na urna. Apenas o presidente do TRE/MG, Marcon Lincoln dos Santos, e o governador reeleito, Romeu Zema, falaram para os mais de 1.200 convidados presentes.

 

 

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