Chegando ao fim
Batendo Bola
José Carlos de Oliveira
Chegando ao fim
Depois de meses de disputa, com muitos altos e baixos e assunto para muitas resenhas nos “butecos” da vida, ao longo das 14 rodadas, vai chegando ao fim a fase de classificação do Campeonato Rural de Divinópolis. O torneio, depois de alguns anos, voltou a ser organizado pela Prefeitura, sob a batuta da Secretaria Municipal de Esportes e Juventude (Semej).
Só esperamos que a competição termine como começou ‒ como um raio de esperança para os amantes do futebol nas comunidades rurais do município ‒, e não como ela se tornou ao longo das semanas ‒ numa confusão e balbúrdia totais, com desencontros e sucessivos erros por parte de times, atletas e principalmente dos organizadores.
Sem apontar o dedo
Ninguém está aqui buscando apenas criticar, mesmo porque quem aponta um dedo deve sempre estar ciente que, dos cinco dedos de sua mão, quando aponta o indicador para alguém, três ficam voltados para ele mesmo e um para o criador, nosso Deus, que é o único que sabe de todas as coisas e tem autoridade suficiente para decidir o que é certo e o que é errado. A nós, seres mortais, cabe apenas tratar de errar menos para que tudo vá bem para todos.
E isso é o que todos os envolvidos devem entender. Assumir seus erros e prometer, a si mesmos principalmente, e aos amigos e companheiros, não voltar a cometê-los no futuro. Não precisa nem pedir desculpas a ninguém, apenas reconhecer que errou e tratar de melhorar em uma próxima oportunidade.
Erros aconteceram, sim
Mas não há como negar que a esperança de dias melhores para o futebol das comunidades rurais ficou pelo caminho na atual temporada que vai chegando ao fim. Erros e tropeços aconteceram aos montes, sem que ninguém aparecesse para dar um basta e colocar ordem na casa. Menos mal que a disputa vai sendo levada até o fim, mesmo que alguns tenham ficado contrariados e permanecido pelo caminho.
Aprendizado
O que fica para ser discutido e analisado por todos, mas todos mesmo, são os inúmeros erros e os pequenos acertos que ficaram claros ao longo das rodadas, para que na próxima temporada vá tudo da melhor forma possível, para o bem do futebol e dos moradores das comunidades rurais. O que não pode, e nem deve voltar a se repetir, é a balbúrdia que se tornou a atual edição do torneio, com pouco a ser festejado e muito a ser lamentado pela maioria.
Faltou compromisso
Mas em um detalhe não abro mão de dar minha sincera opinião: é a total falta de compromisso dos atletas para com os times que prometeram defender. Acontecer WO por falta de jogadores em campo e representantes de equipes tendo o comparecimento aos jogos é, sim, o fim da picada. Não me consta que tenham sido obrigados a assinar as fichas de inscrição e nem a darem seus RGs aos representantes dos times. Se o fizeram foi porque assim o decidiram, de livre vontade, e o mínimo que poderiam fazer, salvo motivos de força maior, era manter sua palavra até o fim.
Se roeram a corda e decidiram abandonar a disputa pelo meio do caminho devem, sim, ser responsabilizados e levar um puxão de orelha. E que me desculpem se a palavra soar muito dura para alguns, mas o que faltou foi mesmo caráter. O que nós, seres humanos, todos, temos de mais valor é a nossa palavra e quando não a cumprimos mostramos, sim, o pior de nós mesmos...
E tem mais
...e não somente os atletas que não cumpriram seus compromissos até o fim merecem um puxão de orelhas, mas também os times que abandonaram a disputa pelo caminho. Bem ou mal indo a disputa, tinham todos a obrigação de dar o seu melhor e cumprir seus compromissos até o fim. Seus pares e amigos de longa data não mereciam a decisão que tomaram. Não importa se discordaram de algumas decisões dos organizadores, todos tinham a obrigação de seguir na guerra até o fim.
E se o campeonato termina dessa forma melancólica cabe, sim, também a eles uma parte da culpa.
E estamos conversados!!!