Cefet estuda desobrigar uso de máscaras

Instituição manteve o uso no retorno às aulas, mas decisão do Estado pode provocar mudança;

Bruno Bueno

Mesmo a Prefeitura decretando a opcionalidade do uso de máscaras em Divinópolis, o mesmo  vai  fazer o governo do Estado no próximo dia 1°, as faculdades públicas do município decidiram manter o item obrigatório no retorno às aulas presenciais neste início de ano. Uma delas, no entanto, pode mudar de opinião nas próximas semanas. Trata-se do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), que tem o campus Divinópolis localizado no bairro Bela Vista.

De acordo com informações divulgadas ontem por representantes do Cefet Divinópolis, a determinação ainda está em análise pela diretoria. A instituição aguarda um posicionamento do Cefet Central, em Belo Horizonte, para tomar a decisão.

A nova avaliação acontece após o governo do Estado desobrigar o uso obrigatório de máscaras em locais fechados do estado. A medida vale a partir deste domingo, 1°.

Estado

Romeu Zema anunciou nesta semana a desobrigação do uso de máscaras em locais fechados. Em postagem nas redes sociais, o político comemorou a decisão.

— A partir de 1º de maio, está desobrigado o uso de máscaras em locais fechados em Minas. Com o avanço da maior operação de vacinação da história de Minas, depois de mais de 2 anos de pandemia, o sorriso dos mineiros poderá de novo ser mostrado para todo o mundo — afirmou.

A orientação do Estado, segundo as próprias diretrizes da secretaria de Saúde (SES-MG), deve ser avaliada pelas prefeituras. Os próprios municípios têm autonomia para decidir se o uso da proteção será realmente desobrigado. 

 A cobertura da vacinação em Minas Gerais, de acordo com o último boletim divulgado pela secretaria de Saúde, está em 83% da população acima de 5 anos com as duas doses, e 56,8% da população acima de 18 anos com a dose de reforço. 1,64% do público-alvo recebeu a quarta dose.

UFSJ

A reportagem procurou a assessoria de comunicação da Universidade Federal de São João del Rei (Ufsj). A instituição pública tem uma unidade em Divinópolis, localizada no bairro Chanadour. Até o fechamento desta página, por volta das 16h, o Agora não obteve resposta.

Em março deste ano, no retorno às aulas presenciais, o Conselho Pleno da Andifes decidiu pela obrigatoriedade do uso de máscaras. A análise foi feita em reunião com diversos representantes de unidades superiores em Brasília. A apresentação do passaporte vacinal também foi exigida por representantes da instituição.

Uemg

Também, até o fechamento desta página, a assessoria de comunicação da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), que tem uma unidade localizada no bairro Belvedere, não respondeu os questionamentos da reportagem sobre a possibilidade do fim do uso das máscaras na instituição.

Antes do retorno às aulas, que voltaram nesta semana, o Conselho Universitário da Uemg também exigiu o uso obrigatório de máscaras na unidade de Divinópolis. 

— As atividades presenciais de ensino, pesquisa e extensão deverão seguir as normas e os protocolos estabelecidos nas legislações estadual e municipais. Nas dependências da Uemg, enquanto perdurar a legislação pertinente e os protocolos sanitários de combate à covid-19, é obrigatório para toda a comunidade acadêmica — diz a resolução que aprovou o retorno às aulas.

Para entrar na instituição, alunos, docentes e outros profissionais devem usar a máscara cobrindo boca e nariz, preferencialmente do tipo PFF-2, usar álcool 70% (que estará disponível em pontos da unidade) e utilizar bebedouros apenas para encher copos e garrafas. Assim como na UFSJ, também é obrigatória a apresentação do passaporte vacinal.

Ufmg

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das mais importantes do país, decidiu na última quarta-feira que irá manter o uso obrigatório do material mesmo com o anúncio de Zema. A justificativa, segundo o Comitê, é a possibilidade de aumento da circulação de novos vírus.

— A avaliação do Comitê da UFMG de Enfrentamento ao Novo Coronavírus é a de que ainda é prudente manter os cuidados para evitar a transmissão do vírus. O período de outono e inverno aumenta a circulação de diversos vírus respiratórios e ainda não sabemos como será o impacto dessa sazonalidade na capacidade do nosso sistema de saúde, exausto e sobrecarregado pelas consequências diretas e indiretas da pandemia — ressaltou.

 

 

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