Caso de rapaz morto pela PM gera dúvidas na família

Militares citam ameaça ao agentes, que teriam reagido em legítima defesa

Da Redação 

Uma ocorrência da Polícia Militar (PM) resultou na morte de um homem, de 27 anos, no bairro Santa Rosa, no sábado, 17. As primeiras informações divulgadas pela PM relatam que a vítima intimidava um homem, de 26 anos, com uma arma no momento da chegada dos militares. Além disso, ele também teria ameaçado os PMs, que, para se defenderem, atiraram contra sua cintura. Ele foi levado ao Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), mas morreu no domingo. 

A família, porém, alegou ao Agora na tarde de ontem, que o rapaz não ameaçou os militares, que já chegaram no local atirando contra a vítima. Os parentes lamentam o ocorrido. 

Nota da PM

Em nota, a PM informou que no momento em que chegaram ao local da ocorrência, o suspeito apontava uma arma em direção à vítima da ameaça. Ao também tentar intimidar as forças de segurança, os policiais dispararam contra o homem, na cintura. A nota diz ainda que ele estava com uma réplica de arma de fogo, que foi apreendida. A perícia da Polícia Civil esteve no local. 

O homem morto na operação, conforme a própria PM, tinha passagens por homicídio, roubo, tráfico de drogas, ameaça, lesão corporal, clonagem de veículo e desobediência.

— Os agentes envolvidos na operação estão à disposição da Polícia Judiciária Militar — afirma a nota.

O Agora entrou em contato com a PM, na tarde de ontem, mas a corporação informou que não havia novidades em relação aos  militares envolvidos no caso. 

Família 

Em entrevista ao Agora, familiares contam uma história diferente da divulgada pela Polícia Militar. A confusão teria começado anteriormente, quando o suspeito trabalhava para uma certa pessoa estava devendo ele. 

— Na hora do nervosismo, da discussão, da briga, ele deu uma marretada na cabeça da pessoa, que foi para o hospital — comentou um familiar próximo. 

Em nova discussão, posterior ao ocorrido, ele pegou a réplica da arma e foi à casa de outro envolvido para o ameaçar. 

— Chegando lá, a polícia estava lá e levou ele para uma outra rua e ele só saiu de fora da casa para o lado deles e a polícia saiu atirando [...] Os policiais não desceram nem do carro, eles atiraram dentro do carro mesmo e a arma que meu parente estava era uma réplica — completou. 

A família cita, ainda, possíveis problemas de saúde da vítima. 

Sentimento da família

A família comenta que ficou chateada com o ocorrido e que a vítima nunca cometeu algo do tipo. 

— Eu estava muito chateada, estou até agora. Eu estava chorando bastante. [...] Ele nunca matou — lamenta a familiar. 





 

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