Casca de banana

MAIS QUE PALAVRAS

CASCA DE BANANA

 

Olá! Como vai? Você sabe algo sobre os benefícios presentes na casca de banana? Aprendi sobre esse assunto num momento em que me permiti ouvir sobre o tema, em um programa de culinária. Há uma série de benefícios na casca da banana. Desde clarear os dentes, lustrar os sapatos, até seu alto valor nutritivo. Se gastássemos um tempo para dar atenção ao valor nutritivo da casca da banana, dificilmente a desprezaríamos. Antes, por desconhecimento, descartamos aquilo que poderia servir de uma grande fonte de energia. Pior: descartamos em qualquer lugar, gerando a possibilidade de um acidente, caso alguém, despercebidamente, pise em uma delas, deixada no chão. Poderia concluir que: além de perder algo nutritivo, nós o transformamos em algo nocivo, só porque não possui a doçura de sua polpa.

Isso me leva a pensar em quantas coisas úteis e importantes nós somos capazes de desprezar somente pelo fato de não conhecermos suas boas qualidades. Assim, desprezamos de qualquer forma e geramos a possibilidade de acidente. Desprezamos aquilo que não é doce, aquilo que não é belo, aquilo que não é conhecido. Descartamos com desprezo aquilo que não conhecemos (por isso desvalorizamos). Qualquer lugar pode servir para o seu descarte. Não percebemos duas coisas: desprezamos algo importante, que torna a pista escorregadia e podemos ser agentes indiretos de acidentes, fazendo vítimas distraídas. Mas isso parece não importar... Continuamos com o mau hábito. Continuamos abrindo a deliciosa fruta e usufruindo do delicioso sabor de sua polpa e descartando o “invólucro inútil''. Já pisei em cascas de banana. Acredito que você também. E já vi acidentes causados por isso.

Agora... Utilizando-me dessa fala introdutória, informação útil (mas dispensável), quero que reflita sobre tudo que possui “valor nutritivo ou utilidade prática”, que descartamos displicentemente por não o considerar saboroso. Fazemos dispensável o que não agrada ao nosso paladar, apenas por esse fato. Geramos risco a outrem, talvez a nós mesmos. Mas não nos importamos. Não significa nada para nós? Então, jogamos fora. Eu me pergunto: quanto jogamos fora? Quanto de pequenas coisas desprezamos ao longo da vida? Quanto desperdício de valores!

Desprezamos coisas importantes, que protegem a “doçura” da vida. Descartamos o que protegeu aquilo que gostamos. Fazemos isso de qualquer forma. Então, deslizamos em nossa distração. Caímos e nos ferimos. Fazemos cair e ferimos a outrem. Geramos um ciclo contínuo de ameaças. Ah! Se soubéssemos o valor real de tudo que desprezamos! Ah! Se soubéssemos que ainda há valor agregado em certas coisas que consideramos sem utilidade!  Certamente, não cairíamos em nossa própria displicência!

Não abandonaríamos nossos pais, quando chegassem a uma certa idade, só porque dão trabalho. Reconheceríamos seu valor pelo tempo que nos protegeram, até que nos transformássemos no que somos. Nada seríamos sem a ajuda deles! Ouviríamos a orientação de Deus que diz: “Honra teu pai e tua mãe, e tenha vida longa na terra” (Êxodo 20.12). Não os jogaríamos em um abrigo, como “cascas sem utilidade”. Não abandonaríamos o amor. Não deixaríamos aqueles que nos fizeram tanto bem. E, assim, não nos acidentaríamos na vida, em razão do desprezo que demos a quem tanto valor tem. A vida é um ciclo de repetições. Um dia andaremos pelo mesmo caminho. E correremos o risco de pisar no mesmo lugar e escorregar em nossas falhas de avaliação de valores... E cairmos.

A razão deste artigo veio da observação da despedida de um “bom filho” de sua mãe, que morrera há dois dias. Estive em sua companhia. É um grande amigo. E, certamente, fora um ótimo filho. Cuidando da mãe em sua velhice. Ainda que sendo-lhe pesada, em razão das diversas consequências de sua velhice. Esse amigo manteve-se fiel à mãe. Não a desprezou, como fizeram seus irmãos. Ali, bem defronte do corpo, o bom filho chorava pela despedida, mas não de remorso, nem dor na consciência (diferentemente de seus irmãos, desesperados, feridos pela dor causada pelo abandono). Caíram, escorregaram na vida, quando deixaram algo de valor, só porque não lhes parecia útil naquele momento. 

Quero lembrar que as verdades da Palavra de Deus ainda permanecem. Honrar os pais (até o fim e não os desprezar quando não parecem mais úteis) é uma atitude de amor inteligente. Quer uma dica? Não despreze o que protege algo que o alimentou. Pode custar caro!

Israel Leocádio

 

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