Carnaval de rua está proibido nas principais cidades da região Centro-Oeste

Pandemia impede folia pelo segundo ano consecutivo

Da Redação

Pelo segundo ano consecutivo, o Carnaval de rua está probiido nas principais cidades da região Centro-Oeste. A pandemia, obviamente é o principal motivo. Um levantamento do Agora mostra as restrições em Divinópolis e alguns municípios vizinhos. 

Divinópolis

Divinópolis divulgou nesta semana o Decreto nº 14.891/22, que regulamenta as medidas de reforço para prevenção da covid-19 durante o Carnaval. 

— Fica decretado que está proibida a utilização de praças e/ou outros espaços públicos para a prática de atividades carnavalescas e similares, que possam gerar aglomeração de pessoas, durante o período compreendidos entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março de 2022 — informou.

Durante este período, fica igualmente proibido o uso de toda a orla dos rios Itapecerica e Pará, bem como do Lago das Roseiras - Barragem de Carmo do Cajuru, dentro do território do município. O documento também estabelece que, somente serão permitidos eventos em espaços privados que possam gerar aglomeração de pessoas mediante prévia autorização/alvará pelo Município, atendidas as condições sanitárias exigidas para sua realização. 

O estabelecimento que, de qualquer forma, descumprir os regulamentos deste Decreto poderá ter suspenso o respectivo alvará de localização e funcionamento, pelo prazo de até 30 dias, sem prejuízo das demais cominações legais. Veículos e/ou equipamentos sonoros, mecânicos ou eletrônicos, que forem utilizados para a prática de ações que contrariem o estabelecido neste decreto ou em outras normas sanitárias pertinentes ao combate e enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, poderão ser apreendidos, pelo prazo de até 5 dias.

Cajuru e Itaúna

Carmo do Cajuru confirmou que não haverá carnaval de rua neste ano. Festas privadas também estão proibidas.

— Pedimos que à população não promova aglomerações ou festividades, a fiscalização será intensificada em pontos estratégicos do município, apenas com a colaboração de todos é que vamos conseguir vencer essa pandemia — informou em nota.

Itaúna permite festas segundo o Minas Consciente, mas não realizará o carnaval de rua.

— Sobre as festas nós divulgamos protocolos do Minas Consciente que vale para eventos em geral. No entanto, o Carnaval nosso que sempre foi realizado, não terá — informou a assessoria de comunicação em nota.

Oliveira e Arcos

Oliveira também não terá Carnaval. Em nota enviada à imprensa em dezembro, a prefeita Cristine Lasmar (MDB) justificou a medida.

— Inúmeros municípios da região e de todo o estado já comunicaram o cancelamento do evento, o que poderia aumentar ainda mais esse fluxo para nossa cidade. Não há como garantir a segurança e controlar as pessoas que se encontram nas ruas. O cenário ainda está incerto, havendo possibilidades de novas variantes. Temos que evitar a transmissão do vírus, evitar uma nova onda de contaminações pelo coronavírus. Não iremos arriscar — disse.

Arcos segue a mesma linha. O prefeito Claudenir José de Melo-Baiano (PL), em nota à imprensa, explicou a situação.

— O carnaval é a maior festa do país e, portanto, a maior possibilidade de concentração de pessoas. Vamos deixar a realização da festa para 2023, querendo Deus em circunstâncias favoráveis e seguras para nossa população e visitantes — assegurou.

Capitólio e Itapecerica
 
Cristiano Silva, prefeito de Capitólio, em nota à imprensa, também confirmou que não haverá Carnaval na cidade.
 
— Foi uma decisão tomada considerando todas as cidades da microrregião visando a questão da segurança sanitária e um trabalho em conjunto para combater a possibilidade de uma nova onda — relatou.
 
 Em nota à imprensa, o prefeito de Itapecerica, Wirley Reis (Podemos), também confirmou a não realização do Carnaval no município.
 
— A fim de que os avanços conquistados até a presente data com a vacinação não tenham sido em vão e não sofram nenhum retrocesso, a Associação decidiu, por unanimidade dos votos, orientar os municípios integrantes pela não realização do Carnaval 2022— disse.

Zona da Mata

Na cidade histórica de São João del-Rei também não terá carnaval. A festa, tradição na cidade por mais de 300 anos, não contará com os clássicos blocos como ‘Lesma Lerda’, Bandalheiras’ e ‘La Playa’, e nem com os desfiles das escolas de samba da região. O prefeito Nivaldo Andrade (PSL) informou em novembro do ano passado que as festividades seriam canceladas devido ao aumento de casos de covid-19 na cidade e apelo popular, já que, por ele a festa seria mantida.

— Eu queria que tivesse o carnaval, mas o povo de São João del Rei não quer. Tem 100 mil pessoas em estádios de futebol, mas andando pelas ruas todos repetiam: carnaval não! Quem manda é o povo, se eles não querem, eu não vou fazer — disse.

Em Tiradentes, os blocos e shows, que são tradição na cidade também foram suspensos. Em nota, o prefeito da cidade, Nilzio Barbosa (MDB) disse que ainda não é o momento para eventos desse porte.

— Somos um município turístico e sabemos da importância desse evento, no entanto não podemos colocar nossa comunidade em risco diante da nova variante da Covid-19, a Ômicron, e perder todos os resultados da nossa campanha de vacinação — declarou.

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