Bom Ano para todos

Augusto Fidelis

Talvez seja exagero da nossa parte, mas no nosso entendimento, tudo que o ser humano construiu de bonito até o século XIX, tendeu à destruição nos séculos XX e XXI. Duas guerras mundiais, regimes totalitários, contestação de valores, destruição da natureza e a feiúra tomada como modelo estético, principalmente nas artes. 

A modernidade não correspondeu aos anseios dos homens e das mulheres; a pós-modernidade só nos enche de indagações. Mas enquanto houver vida há esperança e, neste caso, é justo que façamos da vida um hino de ação de graças, principalmente pelo bem que podemos fazer aos semelhantes, sem esperar recompensas, porque elas virão, segundo o merecimento, ainda que tardia. 

No mais, este é o ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, ano em que a literatura comemora o centenário de muitas obras importantes, como: A Montanha Mágica, de Thomas Mann. 1924; A Caçada da Onça, de Monteiro Lobato. 1924; Divino Inferno, de Rodolfo Machado, Benjamim Costallat & Miccolis Editores. 1924; Jéca Tatuzinho, de Monteiro Lobato. 1924; Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. Ilustrações e capa Tarsila do Amaral. 1924; 

E mais: Poesias, de Manuel Bandeira / inclui 'O Ritmo Dissoluto'. Edição da Revista de Língua Portuguesa (1924); Recordações de Guerra e de Viagem, do Visconde de Taunay. Editora Companhia Melhoramentos (1924); Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada, de Pablo Neruda, 1924, além de outras publicações, como o Manifesto do surrealismo, de André Breton. 1924, e Manifesto da Poesia Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado no dia 18 de março de 1924, no Correio da Manhã.

Vale lembrar ainda que neste ano serão comemorados os 500 anos de nascimento do poeta português Luís de Camões. No próximo dia 25 de março serão comemorados os 200 anos da Primeira Constituição do Brasil, outorgada pelo imperador Dom Pedro I, que estabeleceu os critérios para ser cidadão brasileiro e o catolicismo como religião oficial. E no dia 11 de setembro serão comemorados os 500 anos de nascimento do poeta e romancista francês Pierre de Ronsard. 

Como se pode ver, 2024 é um ano de muitas comemorações, em que os feitos do passado se renovam para dar consistência ao presente e nortear o futuro. Assim, ante às boas perspectivas para este ano, alegremo-nos, pois o Jornal Agora segue firme e forte na sua missão de levar aos seus leitores a notícia com responsabilidade, confirmando a sua longevidade no registro dos fatos e feitos desta cidade e no enobrecimento da sua gente. Um bom ano para todos é o que desejamos, com sinceridade. 

 

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