Bingooooo!

Bingooooo! 

Em seu discurso na reunião da Câmara na última quinta-feira, a vereadora Lohanna França confirmou o que este PB tinha dado em primeira mão, na edição do mesmo dia do Agora. Disse que realmente tinha deixado o Cidadania e usou as mesmas alegações feitas pelo ex-deputado Fabiano Tolentino: a federação – já valendo para as eleições deste ano – entre o Cidadania e o PSDB. A vereadora não informou, por enquanto, em qual partido vai se filiar, mas fontes seguras a colocam no PV. Pode apostar que esta coluna acertou de novo. Outro que deixou a legenda, e pelo mesmo motivo, foi Edsom Sousa. O Agora também havia publicado a informação, um dia antes. E tem outra coincidência. Informações de bastidores apontam o líder do prefeito em namoro, como Lohanna, com o PV.  Os dois na mesma sigla? Por que não? Não estavam juntos no Cidadania? Se é bom para eles, ainda é precoce se afirmar, mas, para o partido, não resta dúvida. Afinal, passa a contar com uma bancada vantajosa na Câmara, com quatro representantes. 

Engrossar 

E essa mexida no caldeirão eleitoral por aqui ainda promete até o prazo estipulado pela Justiça Eleitoral, que é 1º de abril, próxima sexta-feira, último dia para mudanças partidárias. Algumas importantes são esperadas e, daqui até lá, esse caldo deve engrossar muito ainda. Uma delas é a troca de partido do deputado Cleitinho Azevedo, também Cidadania, para que possa informar qual cadeira vai disputar. A do Senado é dada como certa, no entanto, há a possibilidade, mesmo que pequena, na Câmara Federal. Isso vai depender, conforme o próprio deputado, de algumas possibilidades e costuras. Mas essa confirmação deve sair antes do prazo, talvez amanhã. Quem já se decidiu mesmo e está pronto para a batalha é Tolentino, que já assinou com o PSC.  Está um passo à frente dos demais, em especial aos da Câmara, o que pode ser determinante no processo. 

Abonado 

Outro que está confirmado e firme com seu partido é o deputado federal Domingos Sávio. Aliás, ele e o PSDB vivem um casamento perfeito e não é de hoje. É uma das principais lideranças da legenda em Minas Gerais e tem um respeito sólido tanto por parte da sigla quanto dos eleitores e representantes de vários segmentos. Assim, não faz sentido fazer trocas em um time pelo qual é sempre vencedor.  Por essa e outras causas é outro que começa o processo com larga vantagem. E faz por merecer. Trabalha igual um louco para trazer recursos e “salvar’ a cidade de situações complexas, consideradas perdidas.    

Apelou

Ano de eleições é mesmo diferenciado. Qualquer atitude, seja ela de pré-candidatos, artistas ou eleitores mais participativos, é motivo para críticas, polêmicas e medidas judiciais. Foi o visto neste fim de semana no cenário nacional, no qual a coisa é mais pesada. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que fosse proibida qualquer manifestação política a favor de políticos durante os shows do festival Lollapalooza. Pedido que foi acatado pelo ministro Raul Araújo sob pena de multa de R$ 50 mil, se houvesse novas falas sobre as eleições presidenciais de 2022. Tudo começou após manifestações de Pabllo Vittar, no primeiro dia de festival, terem demonstrado apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao levantar uma bandeira com a imagem do petista. Outros artistas que se apresentaram posteriormente não gostaram nem um pouco da decisão do ministro e protestaram durante outros shows. E olha que o processo está apenas começando. Imagine o que vem por aí.

Fora 

Se por um lado a Justiça no Brasil deixa a desejar, do outro falta respeito de muitos para cumprir suas decisões. Outras apresentações após a decisão do ministro, como a da banda Fresno, também tiveram manifestações eleitorais, descumprindo a decisão do TSE. Em seguida, o cantor Lulu Santos, declarou: “Como disse a Carmen Lúcia, cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. Tudo bem que não estejam de acordo, pois ninguém é obrigado, mas é por situações assim que o Brasil é uma bagunça generalizada. Normas foram feitas para serem cumpridas, mas infelizmente isso não acontece em diversas situações neste país. E o próprio presidente, mesmo após seu partido ter entrado com o pedido na Justiça, não cumpriu a lei ao anunciar, até falando de um futuro mais longe, se referindo a um próximo mandato em evento. O que significou a afirmação de sua candidatura. Como proceder de maneira correta,  se  o mau exemplo vem de cima?

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