Batendo Bola: Show de horrores

José Carlos de Oliveira

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Quem quer ser respeitado que comece por se dar ao respeito, tratando seus semelhantes como gostaria de ser tratado. No livro de Marcos, cap. 4, v. 24, parte a, Jesus diz: “Atendei ao que ouvis. Com a medida com que medis vos medirão a vós”.

Ao que parece não é desta maneira que pensam alguns funcionários e dirigentes do Galo, que no clássico do fim de semana frente ao Cruzeiro foram capazes das maiores baixarias e show de horrores possíveis, ações que em nada atestam sobre a grandeza que realmente é o Clube Atlético Mineiro.
Vejamos, então tudo que fizeram e não deveriam, de forma alguma.

Faltou papel higiênico

Para começar, mandaram tirar as portas dos banheiros femininos na área destinada ao torcedor visitante e deixaram de colocar papel higiênico, tanto no banheiro feminino como no masculino, num total desrespeito com quem pagou (e caro) para acompanhar a partida.

E nem é preciso falar da “cervejinha”, que foi proibida na área da torcida visitante. Mas isso é o de menos.

E o som, heim?

Não tem como, a forma de agir de uma instituição mostra a sua real grandeza. E no domingo o Atlético se portou como um clube nanico. Não bastasse os episódios da cerveja e dos banheiros, ao final da partida, com vitória da Raposa por 1 a 0, os cruzeirenses foram obrigados a permanecer no estádio por mais uma hora, os funcionários (ou dirigentes do clube, vai lá saber quem) aumentaram o som dos alto falantes da Arena a um volume ensurdecedor, tudo para tentar abafar a festa e os cantos dos torcedores celestes.
Mas de nada adiantou, a festa e a alegria azul prosseguiram e se tornaram ainda maiores.

Mas teve pior ainda

E isso não foi tudo, teve pior ainda. A baixaria foi aos extremos durante a entrevista do técnico Zé Ricardo ao final do jogo, algo protocolar e que é obrigado fazer por determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Mas, incomodados com uma bandeira do Cruzeiro colocada sobre a mesa de entrevista da sala de imprensa da Arena, tentaram que a Raposa a tirasse, e como não foram atendidos, mandaram cortar o som do ambiente,

fazendo com que os repórteres ouvissem o treinador celeste com seus próprios microfones e celulares, conseguindo com sua atitude mesquinha atrapalhar apenas o trabalho da imprensa presente ao estádio.

E a Itatiaia!

Esta merece um capítulo à parte. Parece que seus novos donos, atleticanos que compraram a emissora, ainda não entenderam o tamanho da empresa que adquiriram, e os milhares de cruzeirenses que vão deixando de sintonizar a emissora dia após dia apenas atestam a dura realidade. E no clássico de domingo, a Itatiaia voltou a aprontar com a China Azul.
Até pensaram que seu gesto passaria batido, mas não foi isso que aconteceu. No próprio áudio da entrevista dá para ver e ouvir que torcedores já estavam incomodados com sua atitude bizarra.

Entenda o caso

Durante a entrevista do técnico Zé Ricardo, como é de praxe em todas as entrevistas ao final dos jogos, foi colocado às costas do treinador celeste um banner com os patrocinadores da Raposa, mas não é que o cinegrafista da Itatiaia (por vontade própria ou apenas para agradar os patrões) mudou o foco da imagem no Youtube para os patrocinadores da Arena. Uma vergonha.

E depois ainda perguntam porque vão perdendo audiência entre os torcedores celestes. E o apelido bizarro que vem recebendo pelas redes sociais – de ‘Itatigaylo’ – vai ganhando a cada dia mais força.

Sobre o jogo

Falando agora do que realmente interessa, o jogo, o time azul estrelado foi sempre melhor em campo, durante os 90 minutos de bola rolando, e fez por merecer a vitória, não importando em nada se o gol único do jogo tenha sido contra.

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