Batendo Bola: Amistoso cancelado
José Carlos de Oliveira
A seleção brasileira de novos, ou Brasil Sub 23 como queiram, deveria enfrentar o time do Marrocos ontem, mas devido ao terremoto que atingiu aquele país e causou a morte de mais de 2.100 pessoas, o jogo foi cancelado e os jogadores já retornam aos seus clubes de origem para o restante da temporada.
Por conta do cancelamento, a delegação deixou o país ainda ontem. Os jogadores foram de Fez até Rabat de ônibus, e na sequência, seguiu de avião até Paris, na França. Eles embarcaram em diversos voos para os seus países de origem. O primeiro grupo deixou o hotel ainda na madrugada de ontem.
Fica apenas o vexame
E não deu nem para apagar a má impressão deixada na partida anterior, quando os novatos do Brasil foram derrotados pelo Marrocos por 1 a 0, e o que é pior, jogando um futebol de péssima qualidade. O cancelamento ficou ruim mesmo foi para o técnico Ramon Menezes, que não teve a chance de ver seu time se recuperar do vexame anterior e agora terá que engolir a derrota, e o pior, se explicar para os torcedores brasileiros, que, por mais que alguns tentem valorizar (até demais) o time adversário, não vão engolir.
Mas também com os 11 que Ramonzinho escalou na última quinta-feira, como titulares, não tinha mesmo como esperar coisa melhor.
E este é o ponto! É um escrete nacional, ou um time montado apenas para tapar buraco e agradar tão somente aos empresários, que lucram ‘rios de dinheiro’ em cada convocação de um jogador seu? Esta é a grande interrogação e a dúvida no coração de muitos brasileiros.
Principal em campo
Enquanto uns terão que engolir a derrota, outros se preparam para mais uma vitória? Será mesmo? Pelo menos pelo cartão de visita da estreia nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do mundo de 2026, com goleada por 5 tentos a 1 sobre a Bolívia na semana passada em Belém, é o que se espera para o final da noite de hoje, quando o time canarinho entra em campo às 23H, no horário de Brasília, para enfrentar o time do Peru, em partida que acontece no estádio Nacional de Lima.
Bons testes
Mesmo que para o escrete brasileiro, em si, estes primeiros jogos pelas eliminatórias não devam contar muito – porque dificilmente o Brasil deixará de garantir uma das vagas do continente para o mundial – para alguns jogadores e principalmente para o técnico Fernando Diniz, tem sim, grande importância, e podem até significar o início de um ciclo ou o fim de carreira para muitos.
Jogadores
E que os jogadores que defendem a seleção não se iludam quanto a uma grande verdade. Ou eles tratem de mostrar futebol de qualidade ou nunca reconquistarão a credibilidade perdida ao longo dos últimos anos. O Brasil do futebol já não encanta os brasileiros como antes e, a continuar nesta toada, corre o risco de nunca mais reconquistar o coração dos torecedores.
Fernando Diniz
Contratado apenas como um ‘técnico tampão’, apenas para esquentar o lugar para o treinador preferido pelos dirigentes – o italiano Carlo Ancelotti – o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, mesmo contando com a torcida da grande parte da mídia, terá que se virar para mostrar serviço. E nem digo pelo fato de vencer seus adversários, na América do Sul, porque isso não é mais que uma obrigação do time canarinho, mas buscar as vitórias mostrando um futebol de qualidade.
É tudo o que se espera dele mesmo. Senão ele já pode é ‘tirar o cavalo da chuva’ e se contentar mesmo em ficar poucos meses e apenas oito jogos no comando do time nacional.