Autoridade e sensatez

Baseando-se no Confucionismo, surgido há mais de 2.500 anos, constataremos a originalidade dos princípios atemporais da natureza que sobrevivem diante da difícil barreira do tempo e segue sendo sempre atuais.

A oratória perfeita era buscada pelos chineses, porém “não seria garantia de sinceridade de intenções nem de retidão espiritual”; “A extrema ornamentação exterior demarcaria ausência ou pouca virtude interior”.

A filosofia à maneira clássica ensina que devemos buscar um equilíbrio entre o que falamos e o que verdadeiramente somos.  Quando existe muita preocupação com o exterior pode haver alguma insegurança interna. O contrário também pode acontecer, o de apresentarmos uma “falsa” humildade que vai esconder uma grande vaidade.

O Confucionismo afirma que “se temos 1.000 carros armados, porém não a confiança do povo, não podemos governar com o máximo proveito.”.

Existe uma grande diferença entre sermos autoritários e termos autoridade.  Sermos autoritários é impormos as nossas idéias e opiniões. É atropelarmos pessoas, normas e cidades. Ao contrário, termos autoridade é termos poder moral naquilo que realizamos.  “A verdadeira ciência é tão só saber o que se sabe e saber o quê não se sabe.” Aqui reside uma pessoa sensata e consequentemente com autoridade naquilo que realiza.

Confúcio recorda “que todos os homens não têm a mesma força material nem espiritual, e, portanto, o bom filósofo há de entender e fazer uso da razão”.

Precisamos estabelecer uma boa convivência, visto que caímos no erro de achar que todos têm que apresentar uma mesma forma de pensar, tendo como medida ideal, o nosso próprio pensamento.  

Confúcio nasceu em 551 a.C, e mesmo não tendo contato com a doutrina do mestre Jesus, compartilhou do mesmo ensinamento quando dize para: “amarmos ao próximo como a nós mesmo”. Isto sustenta o que a filosofia à maneira clássica ensina quando diz que o conhecimento pertence à natureza, sendo apresentado por vários mestres de sabedoria, guardando as devidas proporções que existam entre eles, onde respeitarão as diferentes estruturas psicológicas de cada época na transmissão do conhecimento.

Finalizo o tema com a seguinte passagem do sábio: “Aquele que é capaz de sondar profundamente seu coração, poderá formar com o céu e a terra a grande trindade no criar e no conservar.” Para ser sábio, diz Confúcio, “há que conhecer o destino e este destino, como fio de ouro, passa pelo coração dos homens”.

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