Articulações políticas já miram eleição para prefeito em 2024

Possíveis candidatos sondam aliados; Gleidson aparece ao lado de Zema e troca de partido

 

Da Redação

 A política que separa é a mesma que une. Nos bastidores, as articulações já começaram. De um lado, o atual prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo, deixou o PSC para se juntar ao partido Novo, o mesmo do governador Romeu Zema. Do outro, o presidente da Câmara, Eduardo Print Jr (PSDB), sela a paz com antigo desafeto em articulação para a disputa da Prefeitura, no próximo ano.

 Chapa alternativa

 Conforme noticiado com exclusividade pelo Preto no Branco, na última edição, uma reunião sigilosa ocorreu entre atuais e ex-lideranças da cidade para discutir o tema. Estiveram presentes na reunião, a deputada estadual Lohanna França (PV), o ex-deputado Jaime Martins (sem partido) e, para surpresa de alguns, a ex-candidata a prefeita, Laiz Soares (Solidariedade). Fundador do partido na cidade, Print deixou o Solidariedade em 2020 após a sigla optar por apoiar a candidatura de Laiz a prefeita. Insatisfeito com a decisão e se sentindo traído, Print saiu do SD e se juntou ao PSDB. Chegou até a dizer que levou ‘uma rasteira’ Com o objetivo comum, qualquer possível inimizade entre os dois se desfez. O encontro também contaria com o ex-prefeito de Divinópolis, Demetrius Pereira (PSB), que não participou devido a compromissos em outro estado.

A ideia dos envolvidos, ainda em discussão inicial, é simples: formar uma chapa forte o suficiente para vencer a tentativa de reeleição do atual prefeito. Em oportunidades anteriores, o presidente da Câmara não descartou a possibilidade de disputar o cargo máximo do Executivo municipal.

E, para isso, tentar reunir fortes aliados. Em 2020, Laiz foi a terceira candidata mais votada, com 21.514 (19,14%) votos, atrás de Fabiano Tolentino (PSC), que teve 29 mil, e do próprio Gleidson, eleito com 38 mil. Já em 2022, Laiz tentou, sem sucesso, se eleger para deputada federal, oportunidade em que recebeu 18.749 votos — sendo 14.959 na cidade, a quarta mais votada no município, atrás de Nikolas Ferreira (PL), Tolentino e Domingos Sávio (PL).

Já Lohanna foi, em 2020, eleita a vereadora mais votada da história da cidade, com 5.462 votos. Para deputada estadual, no ano passado, recebeu 67.178 — sendo 24.045 apenas na cidade.

Além delas, Demetrius e Jaiminho ainda possuem importantes ligações na política, inclusive no governo federal. Jaime, inclusive, quase saiu candidato a prefeito no último pleito, mas optou por ser vice de Fabiano Tolentino, que ficou em segundo lugar.

Reeleição

Gleidson, do seu lado, também deu seu primeiro passo, deixando o PSC para integrar o Novo, mesmo partido do governador. Em sua primeira disputa política, foi eleito prefeito, com 38.566 (34,30%) votos, superando políticos mais experientes. Ao seu lado, Gleidson já tem dois fortes nomes: seus irmãos.

Cleitinho Azevedo (Republicanos), após ascensão meteórica de vereador a deputado estadual, quando recebeu 115 mil votos - o quarto mais bem colocado, chegou agora ao Senado. O mais longevo dos irmãos na política conquistou 4,2 milhões de votos nas urnas e venceu a disputa em Minas com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas redes sociais, ele já soma mais de 1,2 milhão de seguidores apenas no Instagram.

Eduardo Azevedo (PSC) segue os passos do irmão. Segundo vereador mais votado em 2020, ele assumiu neste ano seu mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), após receber 92.624 votos.

Gleidson conta agora com o apoio de Zema. O governador, inclusive, chegou a falar sobre a possibilidade de entregar o Hospital Regional ainda no mandato de Gleidson.

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