Ano novo, velhos problemas

Ano novo, velhos problemas

A primeira reunião ordinária do ano começou com velhas cobranças. Durante a volta dos encontros transmitidos, sobraram alfinetadas em secretários, críticas e elogios ao prefeito e sua gestão, cobranças à Copasa. Se o discurso não mudou é porque vários problemas relatados no último ano persistem ou foram agravados com as chuvas, especialmente a qualidade das vias. Além da tradicional operação tapa-buracos, a Prefeitura estuda o recapeamento de várias ruas e estradas. Em caixa, já está parte dos recursos enviados pelo Estado, por meio da indenização da Vale. O prefeito Gleidson Azevedo (PSC) também não descarta solicitar um empréstimo à Câmara para reforçar os investimentos em infraestrutura.

 

Pontapé

Vários edis começaram o ano pedindo serenidade e tranquilidade, especialmente dada a peculiaridade de 2022: ano eleitoral. As brigas, que já acontecem "fora de época", podem se tornar ainda mais acaloradas com a eminência da eleição. Nos próximos meses, agentes políticos articulam e discutem suas candidaturas e, por volta de agosto, cada um deve anunciar (ou não) sua próxima ambição, o próximo degrau que pretende subir na hierarquia política. É fato que faria bem a Divinópolis ter mais representantes nas esferas estadual e federal, especialmente pelo aumento de verbas que a cidade poderia receber por meio de emendas. Cuidado, porém. Dinheiro não é tudo. É preciso observar os valores e as propostas de cada. Até lá, muitas peças do tabuleiro ainda precisam e vão se mexer.

 

Prevenção 

Quem tocou em um ponto crucial foi Lohanna França (Cidadania). Durante o tempo de estiagem, o Executivo deverá colocar em prática diversas ações de recuperação das vias, com tapa-buracos e recapeamento. É necessário, mas então deve parar neste ponto. É fundamental a discussão e implementação de medidas concretas e preventivas contra os próximos temporais. Ano após ano, diversos pontos sofrem com as chuvas. Por isso, é preciso melhorar a estrutura da cidade para aguentar os maiores volumes de água, criar políticas públicas para proteger as populações de áreas ribeirinhas e de pontos alagáveis. Os moradores não podem viver sob a constante ameaça de verem seus pertences e móveis serem destruídos e serem obrigados a deixar seus lares durante o verão. Atenção especial à prevenção.

 

Resultado

Nunca houve tantos contaminados por covid-19. Recorde atrás de recorde no número de casos positivos. No Centro de Triagem em Divinópolis, quase 50% dos testes confirmaram a presença do vírus. No entrando, a taxa de ocupação, de quase 80%, segue estável. O índice de mortos pela doença subiu de dezembro do ano passado para janeiro deste, porém continua bem abaixo do pico da doença, em abril do último ano. O sucesso e a eficácia da vacinação é claro: mesmo com milhares de pessoas contaminadas, o sistema de saúde, mesmo que sobrecarregado devido à alta demanda e ao afastamento de profissionais contaminados, ainda tem leitos disponíveis para atendimento. O alerta ainda permanece. Os cuidados básicos (máscara cobrindo a boca e o nariz, distanciamento social e higienização das mãos) seguem necessários, especialmente quando próximo de pessoas mais velhas ou com comorbidades. 



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