Alunos vão representar Divinópolis em Torneio Brasil de Robótica

Estudantes do Colégio Roberto Carneiro venceram etapa regional; próxima será em Brasília

 

 

Bruno Bueno

 

Estudantes do Colégio Roberto Carneiro, em Divinópolis, estão fazendo história. Os integrantes do grupo ‘Paquibots’ vão disputar, em dezembro, o Torneio Brasil de Robótica em Brasília, capital do país. Eles já venceram a etapa regional, que foi realizada em outubro na cidade de Lagoa Santa.

Nove alunos participaram do projeto: Maria Eduarda, Ana Teresa, Sarah, Beatriz, Giovana, Laura, Ana Flávia, Luiza e Kaíque. Os estudantes, que estão no 8º ano do Ensino Fundamental, visitaram os estúdios do Jornal Agora nesta semana e contaram sobre a experiência. 

Primeiro lugar 

Uma das pesquisadoras do projeto, Sarah Vitória relatou a experiência de participar de um grande evento tecnológico.

— Sem dúvida, o torneio é uma experiência incrível pra gente. Ainda mais considerando as nossas duas vitórias que tivemos. Ganhamos no torneio interno, feito dentro da escola e classificamos para o Regional, onde também ganhamos em primeiro lugar — explica.

Desafio prático

Além disso, os estudantes também venceram o desafio prático no Torneio Regional. Na prova, um robô programado precisava cumprir funções relacionadas ao tema do evento, que tratava sobre questões climáticas.

— As funções incluíam questões ambientais, como plantar árvores sobre as montanhas, libertar peixes na água limpa, etc. Todas essas missões valiam pontos. À medida que o robô completava as funções, nós pontuamos. Assim, ganhamos essa etapa — comenta Beatriz Reis, outra pesquisadora do projeto.

O mascote das Paquibots é o ‘Ecobuddy, um panda que reflete a importância de propor medidas para alertar sobre as mudanças climáticas.

— É um símbolo internacional da conservação e sustentabilidade, enquanto o toque robótico reflete a ênfase em tecnologia avançada. A escolha do panda como mascote é uma maneira simbólica de enfatizar a importância da proteção ambiental, combinada com o avanço tecnológico, em direção a um futuro mais sustentável e consciente — explicam as integrantes.

Escolha do nome

Ainda segundo os estudantes, a escolha do nome ‘Paquibots’ mistura a cultura pop com a tecnologia.

— Paqui é uma homenagem às paquitas, grupo de dançarinas que faziam parte da equipe da Xuxa. Elas eram amigas e muito unidas. Queríamos representar a nossa amizade por meio do grupo delas, representando nossa união. ‘Bots’ representa a tecnologia, robótica e informática — comentam.

Intervenção

De acordo com Ana Teresa Souki, que também participou do projeto, a equipe também buscou criar uma proposta de intervenção com outros alunos da escola.

— Nós criamos um site que visa conscientizar os alunos dos 7º e 8º anos da nossa escola. O objetivo principal é ensinar sobre aquecimento global e como combatê-lo. Agora, nossa meta é expandir o projeto. Na primeira fase, quase 200 alunos participaram — relembra.

A próxima etapa está marcada para os dias 9 e 10 de dezembro, em Brasília. A estudante Luiza Mendes já traça planos para o próximo campeonato.

— Nosso objetivo é expandir para escolas públicas da cidade, a fim de alcançar um nível maior de aprendizado. Explicar os impactos das mudanças climáticas é essencial — completa.

Apoio

Mais detalhes sobre o projeto ‘Little Dreamers’ estão disponíveis no perfil do Instagram: @paquibots_. 

Os integrantes divulgaram nesta semana um encontro com o deputado federal Domingos Sávio (PL). O objetivo é conseguir apoio financeiro e logístico para a próxima competição.

— Somos imensamente gratos por esta experiência tão valiosa — afirmaram em publicação.

Sobre o torneio

O Torneio Brasil de Robótica é uma iniciativa que tem o objetivo de preparar crianças e adolescentes para atuarem de diferentes modos na pluralidade científica e tecnológica do mundo do trabalho.

— O foco encontra-se em fazer com que essas pessoas possam compreender melhor sua localização no mundo, importância na comunidade em que habitam, capacidade de realização e necessidade de uma sociedade mais igualitária — explica.

O evento acontece há mais de uma década e busca explorar as competências individuais de seus participantes no enfrentamento e resolução de problemas no mundo real, além de  estimular o empreendedorismo por meio das soluções apresentadas aos problemas trabalhados.

 

 

 

 

 

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