Adriana Ferreira: Câmara Municipal

Câmara Municipal

Esta colunista analisou no último sábado, o relatório da Comissão Especial Processante e apontou diversas irregularidades tanto de natureza constitucional quanto infraconstitucional, embora soubesse que os vereadores não levariam isso em conta, pois votariam, como de fato votaram,  levados por vários sentimentos, incluindo os  pecados capitais. Vejamos:

Votos SIM 

Claro que houve quem votasse por entender que o processo e o alarde por si só mancharam a honra da Casa e portanto, havia motivo para cassar  os denunciados, mas não foi o  que conduziu  a maioria. Alguns disseram sim por vaidade, despeito, soberba, vingança, raiva, ira e até por inveja. Eles sabem!

Votos NÃO 

Claro que  houve quem votasse por acreditar na inocência dos denunciados e querer justiça e não justiçamento, assim como pelas nulidades processuais, mas houve quem votasse levado pela amizade, lealdade, raiva, ira, vingança. Eles também sabem!

Resumindo

No falível sentir desta colunista, ira e vingança, embora não condizentes com a função pública, foram os sentimentos campeões.. Afinal, "Não sois máquinas, homens é que sois."

Não é?

O relatório da CEP existiu por cumprimento de determinação legal,  mas dizer que seu teor ou que mesmo o próprio  processo em sua totalidade influenciou  na votação é forçar a amizade. Será que todos leram de capa a capa? Se leram, não leram,  isso é de cada um. Para os denunciados serviu para saber a quem não convidar para a ceia.  

Recebimento da denúncia

Os vereadores denunciados nem bem trocaram de roupa  e já foram surpreendidos com o recebimento da denúncia pelo Poder Judiciário. O processo tramitará sob a batuta do juiz Mauro Riuji Yamani, conhecido pela  lisura, firmeza,  imparcialidade,  impessoalidade e altíssimo nível de exigência. Aguardemos os novos capítulos. 

Para entender I

Esta colunista está vendo alguns órgãos de imprensa colocarem que o arquivamento do pedido de cassação  representa uma derrota para o prefeito. Afirmar isso é leviano, pois a independência dos poderes e os princípios que regem a administração pública, quais sejam, impessoalidade e imparcialidade, impedem tal raciocínio. Gleidson Azevedo (Novo) entendeu que havia crime e levou ao conhecimento das autoridades competentes. Era obrigação legal.  Avaliar se houve ou não, não cabe a ele. O Ministério Público entendeu que havia e instaurou procedimento investigativo. Cabe ao Judiciário julgar. Dois cidadãos entenderam que era caso de cassação e fizeram o pedido. Coube à Casa julgar. A atitude do prefeito é dever legal e dos cidadãos, advogado Eduardo Augusto Teixeira e Sargento Helton, é exercício de cidadania. Estado Democrático de Direito é isso. 

Para entender II

Esta colunista foi questionada por ser de direita e defender alguém de esquerda. Primeiramente que esta colunista não defendeu uma ideologia, e sim uma pessoa. Segundo, pessoas estão acima das ideologias. E mais, Print e esta colunista foram companheiros de partido, o PSDB.  Terceiro, além das questões legais que foram ignoradas pela CEP, está colunista acredita em sua inocência, não somente por conhecê-lo, mas por ter se debruçado sobre o processo e tê-lo estudado e com isso estar convencida da ausência do fato. Então sim, esta colunista continuará acreditando na inocência de Eduardo Print Júnior (PSDB), independentemente de qual seja o seu posicionamento político.

 Print Júnior x Gleidson Azevedo

Outro questionamento é pelo fato desta colunista se posicionar favorável a ambos e eles serem declaradamente desafetos. Primeiramente que isso é entre eles. A coluna nada tem a ver com suas diferenças. Isso não fere a lealdade, até porque nunca que um é assunto na conversa com o outro. Segundo, é por escolha e não por imposição de quem quer que seja. Terceiro, amigos ou inimigos, cada um com o seu, cada um com o seu. Esta colunista defende Print Júnior e apoia Gleidson Azevedo. Repetindo: a política passa, as pessoas ficam.

Aplausos 

Parabéns aos advogados Daniel Cortez e Michele Loiola. As atuações de ambos merecem um aparte. Cada um, à sua maneira, atuou de forma brilhante. Em todo o processo, agiram com preparo, respeito aos adversos, profundo conhecimento de causa.   Os senhores enriquecem  a advocacia e são exemplo para seus pares. Aplausos!

Chama os homi

Após receber prints de conversas de que haveria baderna na porta da Câmara Municipal e menções  criminosas de atos criminosos envolvendo os nomes de cidadãos e do prefeito Gleidson Azevedo e do vereador Wesley Jarbas (Republicanos) esta colunista  contatou a ambos que imediatamente levaram ao conhecimento das autoridades competentes, pois claramente não coadunam com tais atos. Esta colunista também  contatou o presidente da Câmara Municipal, o vereador Israel da Farmácia (PDT) e o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Erlando  para que houvesse força policial.  Quem questionou foi  justamente quem pediu que as pessoas levassem pipoca, batata frita, tomates e ovos, de preferência chocos. Então, era necessário! Obrigada PMMG! 

E por falar na PMMG

Faz parte das riquezas de Minas Gerais assim como nossas montanhas. Nossa PMMG é motivo de orgulho e não poderia deixar de destacar não somente o Comandante pelo trabalho de sua equipe  na Câmara Municipal na última segunda-feira e também aos policiais Sargento Vilano e Sargento Daniel que atenderam a ocorrência do carro incendiado e até ajudaram a guardar o carro e aos policiais  Sargento Diniz e Soldado Talita que atendeu a esta colunista e seu cliente na tarde de sábado no Posto Policial da Praça da Bíblia.  A gratidão, o respeito e a admiração da coluna. 



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