Acertou em cheio

Acertou em cheio 

Não poderia ser em melhor momento o “sim” dos vereadores por unanimidade à proposição do presidente da Mesa Diretora, Eduardo Print Jr. (PSDB), que reconhece a Divinaexpo, neste ano em sua 50ª edição, como patrimônio cultural imaterial de Divinópolis. Festa que tem notoriedade em todo o país e, infelizmente, por restrições impostas pela covid-19, não pôde comemorar as cinco décadas em 2020, como estava previsto. Volta em 2022 com toda a pompa que lhe é peculiar e, se depender da grade de shows, da competência dos organizadores e da saudade que o povo está do parque, sem dúvida, a celebração ficará na história. 

Cala a boca!

E se por um lado, a reunião da Câmara da última terça recheada de projetos teve momentos como esse citado acima, que merecem aplausos, outros foram lamentáveis. Aliás, o que não chega a ser novidade na Casa nesta legislatura. Discussões acaloradas, acusações aos colegas e a membros da Prefeitura, agressões e muita coisa sem sentido costumam fazer parte do comportamento dos vereadores nos dois encontros realizados durante a semana. Os primeiros a se estranhar foram os vereadores Ilton de Aguiar (MDB) – autor do projeto que acaba com o Conselho de Ética e Edson Sousa (CDN), presidente do Conselho e autor do projeto que o criou. O clima ficou tenso e saiu até um “fica calado que eu estou falando” e outro “fica você”! Ao fim do clima tenso, com participação de outros vereadores, Lohanna França (CDN) pediu sobrestamento de 60 dias para nova análise. Que este tempo sirva não somente para refletirem sobre o projeto, mas, em especial, seus comportamentos, que já ultrapassam o ridículo.

Mesmo saco 

Antes do pedido de sobrestamento, Israel da Farmácia (PDT) e Ana Paula do Quintino (PSC) criticaram a conduta dos colegas. A vereadora disse ser muito triste ouvir na rua “é uma pena você fazer parte da pior legislatura que existe”. Afirmou que a cada dia está mais difícil de se trabalhar dentro da Casa. “Para quem está lá fora e vê o comportamento de certas pessoas aqui, coloca todos no mesmo saco.” E ela está certíssima. Essa é a opinião da maioria das pessoas na cidade. Quem diria, hein?! Uma renovação gigante, se comparada com outras anteriores, propostas inovadoras e muitas promessas. Mas, por enquanto, ficou nisso. Muita conversa, gritos e atuações fraquíssimas. Quem apostou, a continuar nessa toada, perdeu feio.  E olha que, diferente de jogos, não tem como descartar e fazer novas apostas.

Último capítulo?

É o que todos esperam. Menos alguns políticos, claro. Afinal, a conclusão do Hospital Regional mina um tema de extrema relevância para se autopromover. Nesse sentido, umas caras conhecidas que fazem isso há anos podem procurar uma nova estratégia. O projeto que transfere o terreno do Município para o Estado – exigência para terminar a obra – já está na Câmara. E não é só isso, entrará na pauta na reunião desta tarde e, caso aprovado, o governo de Minas pode começar o processo de conclusão da unidade de saúde. Depois de anos, polêmica, burocracia e o pedido de socorro de quem precisa de atendimento público, o vereador que for contrário é doido. Se bem que, em ano eleitoral e já mirando 2024, ninguém quer correr o risco de ter a imagem manchada. Se é que é possível manchar ainda mais. 

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