A tal da saudade

A tal da saudade

Se tem algo que consegue estar presente sem mesmo estar é a tal da saudade, seja de situações, de um momento, um dia, uma viagem, ou de pessoas como um ente querido, um amigo, uma história, um “causo” vivido.

Difícil de explicar, aparece do nada ou é por você lembrada, mas, quando chega, hum, te dá aquele abala. 

Não é incomum sentirmos saudades já no momento que nos despedimos de algo ou alguém, como um passarinho que cresceu, deixou o ninho, mas não volta, segue seu caminho. 

É tão complexa, se faz sentir mesmo com a razão de sua existência estando ao lado, confuso? Não, é comum sentir saudades de alguém que está presente, mas, de outra forma, de outra maneira, com outro comportamento. E essa é uma saudade estranha, mas é. 

Fim de ano chegando, emoções aflorando, e a saudade vai brotando. 

Saudades como a que sinto de minha mãe, e não só do calor humano que ela provinha, mas das risadas, das conversas fiadas, das histórias contadas e mesmo das broncas dadas. Saudades da minha vida de criança, quando se reunia a família para a festança, e o Réveillon nos enchia de esperança.

Saudades de antes da pandemia, com a saúde não preocupava, só sentia, corria, divertia, simplesmente vivia. Saudades de ser mais humano, abraçar desconhecidos na igreja, na virada de ano, sem esconder o sorriso atrás de um pano. 

 

Alguns trechos de frases e poemas sobre saudade

 

Que a tristeza te convença

Que a saudade não compensa

E que a ausência não dá paz

E o verdadeiro amor de quem se ama

Tece a mesma antiga trama

Que não se desfaz

 

E a coisa mais divina

Que há no mundo

É viver cada segundo

Como nunca mais...

(Vinicius de Moraes)

Eu, agora - que desfecho!

Já nem penso mais em ti...

Mas será que nunca deixo

De lembrar que te esqueci?

(Mario Quintana)

 

Guarda estes versos que escrevi chorando,

Como um alívio a minha saudade,

Como um dever do meu amor; e quando

Houver em ti um eco de saudade,

Beija estes versos que escrevi chorando.

(Machado de Assis)

 

Por mais que eu conheça a sociedade

Em toda sua diversidade

 Vou te falar a verdade

Com a mais pura sinceridade

Na humanidade 

Com toda a pluralidade 

É em sua singularidade

Que encontro a felicidade,

 O querer e a saudade.

(Welber Tonhá)

 

A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.

A saudade serve para me dar

a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos... 

(William Shakespeare)



 

Kombi do Vinil 

Neste sábado, 4, a partir das 10h, tem Brechó no Bar da Claudete, com presença do DJ Renan com a Kombi do Vinil.

 

Divinópolis em Paraty

A artista plástica Geralda Aparecida de Araújo Guevara, moradora de Divinópolis, foi selecionada para compor o acervo permanente do Minimuseu de Arte Naïf (Miman) de Paraty, localizado no centro histórico da cidade.

 

O espaço abriu as portas ao público em 20 de novembro e 122 artistas compõem o acervo do museu.

 

A obra de Ge Guevara selecionada para compor o acervo permanente do museu é uma acrílica sobre tela, intitulada “Reminiscências”.

“A obra me inspirou aos lugares dos meus antepassados. Esse lugar me vem à mente como era antigamente. A árvore grande já não existe mais, mas eu sempre a coloco”, conta Ge Guevara.



Tem pauta sobre a cultura? Envie para [email protected]

Welber Tonhá e Silva 

Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.

Instagram: @welbertonha

 

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