A Cultura em estar realmente presente
Você se faz presente na vida das pessoas ou simplesmente ocupa espaço? Estar junto, seja no mundo real ou virtual, hoje em dia, é fácil. Normalmente, estamos dividindo nossa atenção com várias pessoas e coisas ao mesmo tempo. Por isso, é difícil estar realmente presente.
Estar presente é conversar com o (a) companheiro (a) olho no olho ou apenas coração com coração, caso estejam distantes, num momento em que o que importa é somente aquela conexão entre os dois mundos, um interesse tão profundo sobre a vida do outro, que esquecemos o tempo e tudo que está ao nosso redor. Quando estamos apenas juntos, conversamos com as pessoas mais próximas ao mesmo tempo em que assistimos novela ou olhamos o Facebook, por exemplo. Fazemos refeições juntos, em família, ao mesmo tempo em que lemos as mensagens dos grupos do WhatsApp. A atenção, que deveria estar voltada para uma pessoa, é dividida entre várias e nenhuma, ao mesmo tempo.
O nosso tempo é curto e valioso, por isso, temos que saber como dosá-lo e para quem destiná-lo. Muitas vezes não sabemos, ou acreditamos saber se estamos fazendo o certo, afinal, se não arriscarmos, investirmos tempo e dedicação, não saberemos nunca se realmente vale a pena o dispêndio de nosso tempo com aquela ou aquelas pessoas, e falo de todos os sentidos, amigos, familiares, companheira (o). O triste é saber depois que seu investimento de tempo, dedicação e companheirismo foi em vão, isso acontece, e muito mais do que pensamos, com pessoas que acreditamos estarem blindadas a isso, demonstrando uma conexão perfeita, chegando a invejar pela sintonia que demonstram, até que uma pessoa precisa realmente da outra, de acolhimento, companheirismo, afeição, e um pouco mais de tempo. É ali que a realidade chega, se a conexão e a sintonia forem reais, não será um problema, mas se um dos dois estiverem apenas passando o tempo, ocupando espaço, curtindo sem real envolvimento, essa pessoa pula fora, sem nenhuma dor na consciência, nem nenhuma preocupação com a fase difícil do outro, e não falo de dificuldade financeira, falo de acolhimento afetuoso.
Estar junto, não quer dizer se fazer presente, não quer dizer que tenha companheirismo, não quer dizer que está ali para o que precisar, às vezes, estar junto para alguns é somente cômodo e confortável.
Uma imagem publicada pela psicóloga Janne Marielle na internet me chamou a atenção e acabei por compartilhá-la. Na imagem havia um casal de idosos de mão dadas com o seguinte texto: Como vocês conseguem manter um casamento que já dura tantos anos? E a resposta – “Meu filho, nós nascemos em uma época, que quando algo quebrava, éramos ensinados a consertar, e não jogar fora.”
Isso mostra muito sobre valores, sobre o real companheirismo que não foge, esquiva ou descarta, e sim ajuda estando ao lado.
Alguns trechos de frases a respeito do tema abordado
Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria
sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer
(Guimarães Rosa)
Inteiro,
Parceiro,
Verdadeiro.
Dedicado
Empenhado
Ao lado
(Welber Tonhá)
Quando eu mais precisei, tu seguraste a minha mão. Muito obrigado por teu tão fiel companheirismo.
(Augusto Branco)
Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.
(Leonardo da Vinci)
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.
(Madre Teresa de Calcutá)
Continuamos a falar um pouco sobre os prefeitos na história de nossa cidade. Agradeço o acesso a essa pesquisa ao amigo Marcos Crispim do Arquivo Público de Divinópolis.
Eles Conduziram Divinópolis (Cronologia / Biografia)
4ª. Gestão - Isauro Ferreira da Silva
(01/01/1919 a 07/06/1922)
Data de nascimento: 1884; falecimento: 07/06/1922. Naturalidade: São Gonçalo do Pará. Filho de Francisco Ferreira da Silva e Maria Lina Valeriano da Silva. Esposa: Marieta Teixeira de Meneses.
Principais realizações: primeira iluminação pública de Divinópolis. Não concluiu o mandato porque foi vítima de um crime passional, morrendo em consequência. Era comerciante de secos e molhados. Seu nome foi dado a rua do bairro Porto Velho pela Lei 253/52.
Tem pauta sobre cultura? Envie para [email protected]
Welber Tonhá e Silva
Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09
Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.
Instagram: @welbertonha