A avaliação como cultura

 

Desde que nascemos somos avaliados em tudo, seja por avaliações superficiais ou profundas, necessárias ou fúteis. 

A necessidade de se auto-avaliar, avaliar alguém, ou ser avaliado pelo outro começa pelo reflexo de seu comportamento, o que faz ou o que parece fazer em muitos casos, já é definido por um outro sem que seja buscado entender. 

A avaliação pessoal, técnica, de conhecimento ou mesmo de capacidade física é comum desde os tempos mais antigos.

 

 A avaliação das pessoas e suas classes sociais variou significativamente ao longo do tempo e em diferentes culturas. Nos povos antigos, a avaliação era frequentemente baseada em critérios como riqueza, linhagem familiar, posição social e poder político. Por exemplo, na sociedade feudal da Idade Média, a posição na hierarquia feudal era determinada pelo nascimento, com a nobreza no topo e os camponeses na base.

 

Ao longo da história, surgiram outras formas de avaliação, como a meritocracia, onde o valor de uma pessoa é determinado por suas realizações individuais e habilidades. No entanto, mesmo nas sociedades modernas, ainda existem formas de discriminação com base em classe social, raça, gênero e outros fatores.

 

Hoje em dia, a avaliação das pessoas e suas classes sociais pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo educação, ocupação, renda, acesso a recursos, status social e cultura. Apesar dos avanços em direção à igualdade e justiça social, ainda persistem desigualdades significativas em muitas partes do mundo.

 

Em relação a  avaliação como ferramenta de seleção profissional, ela  é uma prática comum em muitas organizações. Isso pode incluir entrevistas, testes de habilidades, avaliações de personalidade e avaliações comportamentais. O objetivo é identificar candidatos que melhor se adequem às necessidades e cultura da empresa, bem como aqueles que possuam as habilidades e competências necessárias para o cargo em questão. No entanto, é importante que essas avaliações sejam justas, válidas e livres de preconceitos, a fim de garantir uma seleção justa e eficaz dos candidatos.

 

Nos tempos antigos, a escolha do marido e esposa muitas vezes era influenciada por uma variedade de fatores culturais, sociais e econômicos. Em muitas sociedades antigas, casamentos eram arranjados pelos pais ou outros membros da família, com o objetivo de fortalecer alianças políticas, econômicas ou sociais, garantir a continuidade da linhagem familiar e preservar a herança. A avaliação dos pretendentes poderia incluir considerações como status social, riqueza, linhagem familiar, religião e até mesmo habilidades domésticas.

 

Em algumas culturas antigas, como na Grécia Antiga e em Roma, o casamento era visto como uma instituição importante para a estabilidade social e a reprodução, e os casais muitas vezes eram escolhidos com base em critérios como compatibilidade de personalidade, objetivos familiares e valores compartilhados.

 

No entanto, é importante ressaltar que as práticas de escolha de parceiros variavam amplamente de uma cultura para outra e ao longo do tempo, e nem sempre refletiam as vontades individuais dos envolvidos.

 

Já na educação, a avaliação pode ser uma ferramenta poderosa para o aprendizado, pois fornece feedback valioso sobre o desempenho do aluno, identifica áreas de força e fraqueza e ajuda a direcionar o foco dos esforços de estudo. Além disso, a avaliação pode motivar os alunos a se esforçarem mais, fornecendo um senso de progresso e realização quando alcançam metas específicas. Quando utilizada de maneira construtiva e formativa, a avaliação pode promover a reflexão, o aprimoramento contínuo e o desenvolvimento das habilidades dos alunos.

 

Você se incomoda com essa cultura da necessidade de se avaliar o tempo todo? Me diga. 

 

Essa pauta foi sugerida por Karen Araújo de Melo, educadora e supervisora na E.E Joaquim Nabuco. 



Tem pauta sobre alguma cultura? Envie para [email protected]

Welber Tonhá e Silva 

Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09

Imortal da Academia de Letras e Artes Luso-Suiça em Genebra, cadeira nº C186

Membro da Academia Mineira de Belas Artes

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.

Instagram: @welbertonha

 

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