4ª dose para todos os adultos é "questão de tempo", antecipa governo estadual
Governo federal deve anunciar em breve autorização; atualmente, apenas pessoas acima de 40 podem receber segundo reforço
Quem tem mais de 40 anos já pode tomar a 4ª dose (segundo reforço) contra a covid-19. No entanto, a imunização será, em breve, estendida para todos os adultos com mais de 18 anos. De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, a decisão é “questão de tempo”, pois o Ministério da Saúde já está convencido, mas depende do estoque de imunizantes.
— A expectativa é que o governo federal anuncie que todo adulto acima de 18 anos terá que tomar a quarta dose. Pelo estoque existente, já foram contempladas pessoas acima de 40 anos. A questão é muito mais de estoque do que de tudo — explicou.
O secretário destacou a importância do reforço.
— Temos a necessidade de reforçar em curto espaço de tempo não só pela perda da imunidade, mas também pela variante da ômicron. Quando ela chegou, a ômicron teve um chamado escape vacinal muito importante, ou seja, todo mundo que tinha tomado duas doses não tinha uma proteção imunológica da doença muito robusta, a eficácia caiu muito. É como se, neste momento, para esta variante, que é a dominante, estivéssemos reiniciando o ciclo vacinal — justificou.
O secretário de Saúde de Minas Gerais destacou que, apesar de a letalidade da covid-19 ter diminuído com a variante ômicron, a relação da vacinação com a probabilidade de mortes é evidente.
— A proporção da população não vacinada em relação a quem tomou pelo menos a primeira dose de reforço (terceira dose da vacina): nós estamos falando em cinco vezes mais chances de essa pessoa ir a óbito. Então, quem não tomou a vacina, a chance de morrer é muito maior do que quem tomou pelo menos a primeira dose de reforço. Em quem não tomou a dose de reforço a proporção é quase três vezes maior. Vale sempre falar isso. Temos que tomar o primeiro reforço e o segundo reforço (quarta dose) que está garantido a partir de 40 anos. A pessoa que não tomou a vacina está correndo um risco de pelo menos cinco vezes a mais de morrer da covid-19. Não tem motivo para não tomar a vacina — enfatizou.
Baccheretti ainda destaca que a proporção ainda é maior quando se fala nas chances de ser hospitalizado por causa da doença.
— Quem não tomou nenhuma vacina tem uma chance muito maior, cerca de oito vezes maior de se internar por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Nós temos a principal arma, que é a vacina, e pessoas que insistem em não se vacinar. Quem não tomou pelo menos a primeira dose de reforço tem uma chance três vezes maior de internar. Não achem que tomar apenas duas doses é o suficiente, nós temos que buscar o reforço — aconselha Fábio Baccheretti.