2017 e seus esoterismos

CHARLES GUIMARÃES

 

Inicia-se 2017 e, para não ser muito diferente de outros anos idos, com grandes incógnitas.  Videntes de botequim, sempre pessimistas e movidos a álcool, fazem as mais variadas previsões. Aumento do desemprego, se é que é possível; a morte de Sérgio Moro; uma terceira guerra nuclear e por aí vai. O enredo macabro é extenso. Essa nossa tendência em prever catástrofes deve ter uma explicação científica. Mas, existem videntes, numerólogos, tarólogos, sensitivos profissionais que aparecem nas mídias todo começo de ano fazendo as mais variadas previsões. Nunca parei para fazer o balanço de erros e acertos ao final de cada ano. Neste ano, segundo a numerologia, será o ano da ação, pois o somatório dos dígitos dá dez, o que retoma ao número um. Um ano propício à comunicação – menos ficar revelando segredos íntimos, o que nunca foi bom. Um ano para observarmos mais os movimentos ao nosso redor e evitarmos os impulsos. Exercitar a paciência e, principalmente, focar nas metas. Um ano energizado por natureza, tanto positiva quanto negativamente. Algumas previsões pedem cautela com os gastos, pés no chão para romper o ano sem muitos atropelos. Tudo o que foi previsto até aqui serve para todos os anos e para a vida inteira. A parte negativa da lista foi essa virada ultraconservadora que o mundo deu. Aqui com o ardiloso Michel Temer e lá na superpotência com o perigoso bravateiro, Donald Trump. Orai e vigiai, pois a bruxa, ou melhor, os bruxos estão soltos. O certo é que não é de hoje que crises mundiais causam desesperança e temor à população. E nem por isso, deixamos de viver. Para aqueles que ficam ligados em programas policiais, nas manchetes que exploram a crueldade à exaustão, um recado: o mundo não é só isso, ele é muito melhor do que o que se vê na TV ou nesses jornaizinhos de R$ 0,50. “O mundo é bão Sebastião.” Um ano para ser bom no coletivo passa por mudanças individuais. Cada um fazendo a sua parte. Respeito, cordialidade e gratidão regados a muito trabalho. Pitadas de amor e generosidade somam-se à receita de um ano perfeito ou quase. É a lei da atração. Por isso, quanto mais desarmados de pensamentos e posturas negativas, mais chances de atrair coisas boas. Não fui eu que inventei, é simplesmente a lei.  É só não entrar na vibração da crise, pois mesmo em tempos bicudos tem gente viajando, curtindo a vida. Falo de pessoas normais que levantam cedo e vão à luta. Se somos o somatório dos nossos pensamentos, ninguém vai gozar as delícias da vida pensando de forma negativa. Outra lei. Nem precisei ser esotérico para prever um ano cheio de conquistas. Fruto de muita luta.  A colheita conforme a plantação. Que 2017 surpreenda-nos positivamente. Que a nossa “vibe” de alto-astral possa contagiar as pessoas ao nosso redor contagiando as pessoas ao redor delas. É o que sinceramente desejo!

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