Ética: alguém viu por aí?
Adriana Ferreira
A falta de princípios de alguns jornalistas é deveras preocupante. Além das fake news, que comprometem tanto o jornalismo sério quanto o cidadão que recebe a informação desprovida de veracidade, há ainda a falta de ética e de respeito entre os próprios profissionais. Um jornalista sério e comprometido passa horas, dias e até meses investigando, correndo riscos, levando sonoros não, comparando dados, tudo isso para levar informação de qualidade e vêm alguns e simplesmente pegam a matéria e publicam como se sua fosse, muitas vezes, copiando integralmente e sequer citando a fonte. Excesso de admiração, comodismo ou incompetência mesmo para não dizer outra coisa?
Aulinha básica
A ética profissional trata-se de agir dentro dos princípios morais e de acordo com a cultura social que foi aceita no ramo da atividade. É responsável por conferir homogeneidade no comportamento entre os profissionais, considerando os seguintes pilares: honestidade, altruísmo, respeito, valores, integridade, justiça, lealdade, virtude e solidariedade. A quantas anda a ética profissional no jornalismo?
União
Nas duas últimas semanas, a questão do transporte público tem dado "pano pra manga". Esse assunto conseguiu algo incrível: construir uma ponte entre os Poderes Executivo e Legislativo. O convite partiu do próprio prefeito Gleidson Azevedo (Novo) após a Câmara Municipal votar pela suspensão do contrato da empresa atual e pela licitação para uma nova prestadora do serviço. Um Poder respeitando o outro e juntos construindo uma Divinópolis com mais dignidade para o cidadão. Parodiando Berenice Azambuja e Gildo Campos, “é disso que o povo gosta, é isso que o povo quer”.
Gleidson Azevedo
Para a maioria dos cidadãos é um ótimo prefeito e tem chances reais de reeleição. A oposição que lute. A cidade tem prefeito e tem verba pública oriunda de todos os níveis do parlamento brasileiro, mas, porém, contudo, todavia, não atrai mais grandes investimentos. Divinópolis já foi considerada uma das 100 melhores cidades do país para se realizar profissionalmente, tendo sido matéria da revista Veja quando era considerada a segunda maior e melhor revista do mundo, perdendo apenas para a Times dos EUA, porém hodiernamente não se fala mais nisso e a “Cidade do Divino” só aparece no cenário nacional de forma negativa. Isso tem que mudar. É preciso mostrar uma imagem positiva, de segurança, seriedade, comprometimento, se não, quem vai querer trazer seu dinheiro para cá? Grandes investidores nascidos em Divinópolis preferem outras cidades e isso é trágico. Gleidson ainda tem 16 meses para mudar esse cenário. Vai que ainda é tua e poderá continuar sendo!
Passagem para idoso
O vereador Wesley Jarbas (Republicanos) foi contra o projeto de Ademir Silva (MDB) no qual o idoso a partir de 60 anos e não 65, teria direito ao transporte público gratuito. O projeto tem o apoio do vereador Eduardo Print Júnior (PSDB) e do vereador Flávio Marra (Patriota). Esta colunista entende que o vereador Wesley Jarbas foi contra porque o projeto carece de efetividade. Pensar somente que ano que vem tem eleições e é preciso agradar o eleitor sexagenário, chefe de família, voz da casa, para se garantir não é correto. No singelo entendimento desta colunista, faz-se mister fazer um cadastro junto ao CRAS, garantindo somente ao idoso de baixa renda, e claro, analisar o impacto nas contas públicas e no preço da passagem para o trabalhador, pois não existe almoço grátis. E mais, qual empresa assumirá tudo que os vereadores querem exigir? É preciso que seja eficiente e eficaz, em todos os sentidos. Palmas para Wesley Jarbas!
Retrocesso
O vereador Flávio Marra (Patriota), um dos apoiadores do projeto, disse que não está nem aí de onde sairá a verba para a benesse e apresentará emenda para a volta do trocador. Sempre combativo e com projetos brilhantes, tem-se que se trata de um momento de rara infelicidade do nobre edil, pois, não se preocupar de onde sairá a verba não é característica sua, vez que sempre foi um fiscal atuante no uso da verba pública pelo Poder Executivo e voltar com o trocador é retrocesso. Para se ter uma ideia, em 1997, ou seja, há 26 anos, quando esta colunista estudou nos EUA, já não existia a figura do trocador e todos os usuários entravam no ônibus com o valor exato da passagem ou com o cartão. Aqui o usuário faz isso? Não faz e paga mais caro e pagará ainda mais porque o salário e encargos sociais da contratação do trocador irão para o preço da passagem. No cartão Divipass, a passagem custa R$ 3,65 e em dinheiro é R$ 4,15. Comprar no cartão é uma considerável diferença. Já pensou nisso? Somos um povo que fala sempre: nos EUA é assim, na Suécia é assim, na Alemanha é assim, na Noruega é assado, mas nos recusamos a erradicar os paradigmas. Usuário, demita o trocador que você coloca no motorista, deixe o motorista ser só motorista adquirindo o cartão Divipass ou se for pagar em dinheiro, leve a quantia certa, ou seja, R$ 4,15. O progresso agradece! “Esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade.”
Sete de setembro
A interpretação errônea do artigo 142 da Constituição Federal fez parte da direita no Brasil passar a tratar com extremo desrespeito as FFAA e começar uma campanha de não comparecimento aos eventos relacionados aos 201 anos da independência do Brasil no dia 07 de Setembro. O citado artigo não permite a intervenção militar que muitos pedem e nem sabem do que se trata. As FFAA não são poder moderador. O poder moderador foi exercido por Dom Pedro II e era previsto na Constituição Federal de 1824. Foi extinto com a proclamação da República em 1889. Apesar de Bolsonaro (PL) ter dito que são os militares, Arthur Lira (Progressistas), Presidente da Câmara de Deputados, dizer que é o parlamento, e o Supremo Tribunal Federal (STF) dizer que é função da Suprema Corte, estão todos enganados. Atualmente não existe poder moderador no Brasil. Acordar cedo, sair às ruas, entender o significado da independência e lutar sempre pela verdadeira democracia. Isso sim, é atitude. Perdeu-se uma batalha e ficar em casa não é garantia de vitória. Vem pra rua!
Vetrina
Guilherme Henrique da Silva é o nome do jovem idealizador e proprietário da VetrinaRooftop Pizzaria. Esse jovem itaunense chegou à cidade carregando em sua bagagem muitos sonhos, receitas incríveis e um desejo de fazer parte da história gastronômica da “Cidade do Divino”. Ele criou um lugar incrível no alto do Edifício Vinase, em frente à Escola Estadual Joaquim Nabuco, no coração da avenida 1º de Junho, gerou empregos e tem encantado os frequentadores com suas deliciosas pizzas artesanais e drinks de outro mundo, saboreados enquanto se observa as estrelas. Bravo!
Daniela Magalhães Nery de Faria
Mais que uma grande profissional, um anjo que salvou a vida desta colunista há uns cinco meses. Tarde da noite chamei por ela, pois não me sentia bem, estava perto de um infarto. Pessoa extraordinária e necessária, exemplo de coragem, determinação, profissionalismo e humanidade. Anjo de muitos e muitas que faz do mundo um lugar melhor. Merece todas as reverências. Gratidão eterna.