É grave

É grave 

A situação da política divinopolitana mais uma vez é grave. Denúncias e escândalos acerca da Secretaria Municipal de Educação (Semed) incendeiam a política local, colocam diversos “atores” dos Poderes Legislativo e Executivo em xeque e trazem diversos questionamentos. Diante do atual momento, a única certeza que se tem é a de que agora, com o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara para investigar as supostas compras superfaturadas feitas na Semed, máscaras vão cair, afinal de contas, a situação exigirá posicionamentos de ambos os lados. Defender ou não, passar pano ou não, isso ficará a cargo de cada ator envolvido nesse cenário que se aproxima do caos. A grande questão aqui é apenas a busca pela verdade, para que uma explicação justa e plausível seja dada à população, pois aqueles que hoje governam Divinópolis são os que em 2020 pediram um voto de confiança fazendo mil promessas de transparência e de trazer melhorias para a cidade. 

Até o momento, ainda não é possível fazer um julgamento de quem está certo e de quem está errado. Tudo ainda está muito prematuro e, ao que tudo indica, essa novela ainda terá diversos desdobramentos. Mas já é possível ver alguns “escorregões”, como o início de um jogo de empurra entre os secretários municipais. E, paralelo a isso, o surgimento de mais denúncias de compras de materiais superfaturados, como a feita ontem, pelo presidente da Câmara. A situação é grave e merece atenção, cuidado e responsabilidade daqueles que hoje têm como função representar o povo divinopolitano. E, é claro, diante da instauração de uma CPI desse porte, com fortes indícios de irregularidades, com documentação robusta, o desejo é que pelo menos desta vez tudo seja bem esclarecido. 

A responsabilidade é grande. Afinal de contas, situações para se denunciar é o que não falta neste país, agora, gente para trazer solução, isso, sim, está fazendo uma falta danada por aqui. Problema, o brasileiro tem de sobra; solução que é bom, nunca aparece. Diante do “circo” montado em torno das denúncias feitas, os parlamentares divinopolitanos, os 17, têm como obrigação dar uma resposta certa e concreta para o povo. Sim! Até mesmo os vereadores que não fazem parte da Comissão têm o dever moral de cobrar aqueles que estão na CPI e de dar uma resposta ao seu eleitorado. Dizem por aí que quando não se quer resolver nada no Brasil montam uma Comissão e tudo termina em pizza, e em alguns casos em pagamento de cesta básica, e está tudo certo. Vergonhoso, para quem a cada dois anos sai pelas ruas pedindo voto de confiança. Hoje, 11 de maio, a Câmara e a Prefeitura de Divinópolis têm como obrigação dar uma resposta à população. E uma justificativa séria, pois de circos e shows o povo já está cansado. O que o divinopolitano quer agora é a solução e, claro, compromisso e respeito com o dinheiro público, pois trabalhar de sol a sol para sustentar regalias não está sendo fácil para ninguém.

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