Virada que ficou na história

Batendo Bola

José Carlos de Oliveira 

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No último dia 9, na segunda-feira, completaram-se exatos 18 anos da conquista do tri da Copa do Brasil pelo Cruzeiro, na final contra o São Paulo, num Mineirão que recebeu um público de mais de 90 mil torcedores pagantes, na noite fria de quarta-feira de setembro de 2000.

Depois de empate sem gols no jogo de ida, na capital paulista na semana anterior, os torcedores do Cruzeiro lotaram o estádio para assistir a mais uma final da Raposa em Belo Horizonte. E o jogo foi para quem tem coração forte.

O time mineiro só ficava campeão em caso de vitória. Empate sem gols levaria o jogo para a disputa de pênaltis e igualdade com qualquer número de gols daria o título aos paulistas.

E o que o torcedor celeste mais temia aconteceu aos 21 minutos da segunda etapa, quando Marcelinho Paraíba cobrou falta pelo lado direito do ataque tricolor e colocou os paulistas em vantagem no placar: 1 a 0 São Paulo.

Ao Cruzeiro, restava então virar o marcador para comemorar a taça. E o quase impossível se tornou realidade. Fábio Júnior deixou tudo igual em 1 a 1, aos 36 minutos. Aos 43, Geovanni tomou a bola no meio campo e arrancou rumo à meta de Rogério Ceni, mas foi derrubado na entrada da área pelo zagueiro Rogério, que acabou expulso do jogo.

Na cobrança de falta, veio o lance que os cruzeirenses se lembram até o dia de hoje. Seguindo orientação do atacante Muller, que alertou que a barreira iria pular, Geovanni chutou forte, rasteiro, no canto esquerdo de Rogério Ceni, desempatando a partida e levando à loucura a torcida azul. Isto aos 45 minutos da segunda etapa.

Mas ainda havia tempo para mais emoção. Na saída da bola, o São Paulo se lançou todo ao ataque e quase chegou ao gol de empate, e só não conseguiu por causa de uma defesa milagrosa do goleiro André e do zagueiro Cleber, o Clebão, que tirou a bola em cima da linha.

Final do jogo: 2 a 1 Cruzeiro, e uma grande festa da China Azul.

 

 MANGUEIRAS BRASIL 

Bola volta a rolar na segunda-feira 

Depois da parada de mais de um mês para a disputa da Copa do Mundo da Rússia, a bola volta a rolar no meio da próxima semana no Brasileirão, com os jogos da 13ª rodada do campeonato nacional.

O Atlético, segundo colocado na tabela, com 23 pontos ganhos, joga na quarta-feira, às 21h45, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Na quinta-feira, às 19h30, no Mineirão, será disputado o clássico entre Cruzeiro e América, que ocupam o meio da tabela — Cruzeiro, 8º; América, 13º.

 Copa do Brasil 

Mas antes, na segunda-feira, um dia apenas após a final da Copa do Mundo, a bola já rola para os cruzeirenses, em duelo decisivo contra o Atlético Paranaense, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Como venceu em Curitiba por 2 a 1, na ida, a Raposa joga pelo empate no Mineirão para seguir na luta pelo hexa.

 Atlético tem de reforçar a defesa 

Não restam dúvidas de que a diretoria alvinegra foi ao mercado e conseguiu bons reforços para o time, na reta final da temporada, mas os nomes que já chegaram colaboram é para deixar a equipe alvinegra ainda mais “desequilibrada, manca”, com um setor ofensivo muito forte e uma defesa que não é lá estas coisas.

E que os atleticanos acordem para esta verdade: ou a diretoria busca bons nomes para sua defesa, ou o time mais uma vez ficará apenas no quase. O tão sonhado título do Brasileiro será adiado por mais algum tempo.

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