Vigilância e autodomínio

Elismar José Alves 

 

Diz a filosofia oriental, através da obra o “Dhammapada”, que “a vigilância é o caminho em direção ao imperecível. A negligência é o caminho da morte. Aqueles que praticam a vigilância não morrem. Aqueles que são negligentes são como se já estivessem mortos”. 

Poderíamos nos perguntar, vigiar o quê? Vigiar aquilo que verdadeiramente somos, vigiar nossos pensamentos, palavras e ações. Encontramos isso no cumprimento do nosso dever. O nosso dever leva-nos a sermos mais autênticos, a encontrarmos-nos com uma vida plena, visto que viver está no espírito e o homem morre. Não quando para de respirar, mas sim quando para de sonhar. Nossos verdadeiros sonhos estariam localizados nos mais altos Ideais humanos, que são sempre universais. Dentre eles está o de projetar no mundo uma ordem fundamentada no bom, no belo e no justo. 

O fundador da organização internacional Nova Acrópole, professor Jorge Angel Livraga, dizia que: “A beleza que percebemos em uma flor é, precisamente, o ideal nesta flor”.  

“Elevando-se na vigilância, com autodomínio e harmonia, o sábio constrói uma ilha para sua alma que as águas não inundarão”.  Todo homem busca esta estabilidade em suas vidas e aqui se encontra uma chave para dominarmos a nós mesmos.  A filosofia considera isso como um dos maiores tesouros humanos. Já o contrário, a negligência, estaria caracterizada pelos débeis prazeres e luxúrias. 

“Vigilante entre os negligentes, desperto entre os que dormem, o sábio, como cavalo veloz avança deixando para trás aqueles que são vagarosos”, é outro fragmento que trago para reflexão. Em um mundo que está em movimento, quem para retrocede, também ensinava o professor Livraga. O homem que desenvolve este espírito filosófico que habita dentro de cada um de nós, deve buscar por desenvolver esta atitude de melhorar um pouco mais a cada momento. 

A vigilância é como o “fogo que queima todos os obstáculos” que aparecem em nosso caminho.  A conquista do êxito nas nossas vidas não seria, portanto, uma questão de receitas mágicas, mas de ações que estariam ao alcance de nossas possibilidades. 

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