Vereadora de Divinópolis critica alterações em calendário estadual

 

Ricardo Welbert

 A vereadora Janete Aparecida (PSD) está irritada com a mudança feita pelo Governo de Minas para o começo do calendário escolar de 2018. O retorno às aulas nas unidades de ensino da rede estadual foi alterado do dia 15 de fevereiro para o dia 19 de fevereiro.

— É uma vergonha as escolas estaduais só começarem em 19 de fevereiro. Isso é um inume retrocesso para a educação em Minas. Teremos sete sábados letivos. O que se está fazendo é uma “economia porca” e burra para economizar salários, vale-transporte e um terço de férias. Isso vai prejudicar todas as famílias mineiras — afirmou ela ao Agora.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) alega que o governo pretende economizar, pois com isso a Secretaria de Estado de Educação (SEE) deixará de pagar parte do salário para mais de 130 mil contratos temporários, além de extensões da carga horária de servidores efetivos, porque os dias letivos terão de ser realocados em sábados e recessos. A categoria corre o risco de não receber por eles.

O sindicato afirma também que transporte e alimentação escolar não serão bancados pelo estado até o início das aulas. Com isso, existe o temor de que servidores com contratos temporários deixem de receber parte do salário.

 Outro lado 

Segundo a SEE, a alteração foi necessária para “otimizar os processos de distribuição de turmas e cargos nas escolas e outras medidas necessárias para garantir um início das atividades com mais tranquilidade nas unidades escolares sem a interrupção que ocorreria com o recesso de carnaval”.

A SEE informou ainda que a não há motivação financeira. Em nota, a secretaria disse que a mudança pretende acontecer “sem nenhum prejuízo no cumprimento dos 200 dias letivos e da carga horária anual dos estudantes. O recesso do mês de julho será de 16 a 27/07. O recesso da tradicional ‘Semana do Professor’ de outubro será de 15 a 19/10”.

Ainda segundo a secretaria, os salários dos servidores designados serão pagos normalmente pelo período de exercício que constar em seus contratos. O governo afirma que não haverá prejuízo à categoria.

 

 

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