Vendas no Centro-Oeste crescem menos em março
Faturamento avançou 3,82% no Estado no mês passado
Pablo Santos e Jorge Guimarães
As vendas nos supermercados mineiros cresceram 3,82% em março. No Centro-Oeste, os números ficaram abaixo da média mineira. Os números são do Termômetro de Vendas, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (Amis) com empresas de todo o Estado.
Conforme os números apresentados pela Amis, as vendas dos supermercados do Centro-Oeste cresceram 2,47% em março, no confronto com fevereiro.
— A expansão em março está relacionada, principalmente ao maior número de dias frente a fevereiro. Também porque é quando o consumidor retorna à rotina depois das férias e do carnaval e mais livre das despesas de início do ano — afirmou a nota técnica da Amis.
O aumento no Centro-Oeste foi o menor na comparação com outras regiões. No Norte/Noroeste as vendas cresceram 3,50%, Zona da Mata 4,02% e na Central 4,03%, de acordo com os dados da Amis. No Rio Doce/Mucuri/Jequitinhonha aumentou 4,96%, acompanhado do Sul (4,10%) e Triângulo/Alto Paranaíba (4,79%).
Acumulado
No acumulado do primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, a expansão foi de 0,19%. Na comparação de março deste ano, mês de referência da pesquisa, com março de 2016, o resultado ficou negativo em 1,15%.
— A retração sobre o mesmo mês do ano passado é explicada pela sazonalidade da Páscoa, que neste ano, ocorreu em abril. O segundo melhor período de vendas para o setor ficou fora também do primeiro trimestre —ressaltou a nota.
Ainda de acordo com os dados da Amis, para os resultados deste mês, a serem divulgados no final de maio, a expectativa é de crescimento, ainda que pequena.
— Se por um lado o setor foi beneficiado pela sazonalidade da Páscoa, por outro, acabou perdendo vendas com os dois feriados prolongados numa sexta-feira, Santa e Dia de Tiradentes — complementou a nota.
Brasil
As vendas do setor supermercadista em valores reais acumulam queda de -1,40% de janeiro a março, na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Índice Nacional de Vendas Abras, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade.
Em março, as vendas - deflacionadas pelo IPCA/IBGE - apresentaram alta de 4,49% na comparação com fevereiro e queda de -3,87% em relação ao mesmo mês do ano de 2016.
Previsão
De acordo com o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, o resultado refletiu o fator sazonal relacionado à Páscoa, que no ano passado foi comemorada em março.
— Neste ano, as vendas da data se concentraram em abril, o que impulsionou o resultado negativo. Embora o País ainda esteja passando por um momento econômico difícil, com elevação da taxa de desemprego, o que reflete nas vendas, acreditamos em uma recuperação nos próximos meses, e mantemos nossa previsão de 1,30% de crescimento para o ano — analisou.
O gerente de supermercado, Sérgio Antônio disse que como era previsto, a retomada do consumo iria vir gradualmente no decorrer do ano.
— E os números já demonstram que o consumidor, aos poucos, está confiando mais na economia. E esperamos uma virada de semestre com boas perspectivas de melhoras para o segundo — avaliou.
A expectativa continua de crescimento, ainda que pequeno.
— O resultado, em relação a fevereiro, já era o esperado em virtude dos dias úteis. Mas, o importante é que a expansão de 0,19% no trimestre e sem Páscoa, nos coloca no caminho certo e, confiantes, de que manteremos o crescimento e bateremos a nossa meta de crescermos 1,07% no final do ano — avaliou o presidente da Amis, Antônio Claret Nametala.
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