Vale tudo

Preto no Branco 

Não estou falando da luta livre, em que são autorizados golpes brutais. Mas de forma genérica. Aliás, é o que não falta neste mundo desenfreado do pode tudo. Na política, então, golpe é pouco. A luta é muito mais hostil e baixa. Nem é preciso falar do Brasil, onde isso é público e notório que só não enxerga quem se finge de cego. Aqui, no nosso quintal, a coisa não anda benta, e não é de agora, quando se chega a ir ao ringue por uma vaga nas próximas eleições. Porém, de uns meses para cá, a situação não está só feia. Vergonhosa. Como se não bastassem os vídeos idiotas, os bate-bocas nos grupos de WhatsApp, muitos só não vão às vias de fato porque um está do outro lado da tela. Se não, há de se temer no que terminaria. Ou não. Geralmente, a valentia é exatamente por se esconder por estar do outro lado. No tête-à-tête,  o pitbull costuma não passar de um poodle.  . .

Não é diferente 

Como na política nacional, Divinópolis e sua gente vêm padecendo com a ruindade dos seus representantes. Parte deles coloca a culpa na mídia por ela buscar da incompetência a desvios de conduta e levar a público. Mas, enquanto ficam procurando culpados para suas atuações que deixam a desejar, o rio Itapecerica continua recebendo o esgoto da cidade de forma in natura, empresas fecham as portas e outros municípios da região bem menores se sobressaem. É essa a política à qual os divinopolitanos vão continuar se rendendo e aplaudindo? Depois não tente aproveitar o leite entornado. 

Correto, mas feio 

Duas situações nesta semana chamam atenção neste sentido. Em uma delas, o vereador Matheus Costa (CDN) gravou um vídeo denunciando que o presidente da Câmara Rodrigo Kaboja (PSD) havia trancado um cachorro em um local na Câmara. Foi lá, filmou e esparramou nas redes sociais. Logo depois, Kaboja gravou outro vídeo fazendo críticas duras a Matheus e que sua atitude não angariava votos. Um fez seu papel de legislar, na qual as denúncias estão inseridas. Está errado? Não. O outro se defendeu. Foi injusto? Também não. O problema não está em fazer, mas, sim, na forma que é feita. Uma ocorrência que, se fosse levada conforme lhe convinha, seria de interesse da população, e não exposta de forma ridícula.

Perigo à vista 

Não resta dúvida que as redes sociais chegaram para ficar e são hoje ferramentas fundamentais no desenvolvimento de diversos trabalhos. No entanto, se não souber usar, o perigo é iminente. No meio político, então, como retrata a nota acima, pode significar o auge, mas também uma tremenda dor de cabeça. O deputado Cleitinho é um exemplo disso. Foi com esta ferramenta que ele foi teve votos em quase todos os municípios mineiros, sendo um dos mais votados nesta legislatura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no entanto, foi com ela também que cometeu um tremendo de um descuido. Ao mandar um áudio para um ex-assessor de Fabiano Tolentino (CDN), falou o que quis e o que não quis. A gravação, sabe se lá se de forma intencional ou não, vazou e a cidade inteira sabe agora do teor da conversa. Vacilou feio e agora terá que se explicar. Não para o seu desafeto, mas para seus eleitores.

Qual dos dois? 

 E não para por aí. Cleitinho não sairá candidato à Prefeitura. E não é segredo que apoiará seu irmão Gleidson que, por enquanto, tem a vereadora Janete Aparecida (PSC) como vice. Isso se não houver uma reviravolta de última hora, já que as convenções serão no próximo mês. Mas o assunto não é este. Andam dizendo por aí que em alguns vídeos postados nas redes sociais quem aparece é Cleitinho, não Gleidson. Explico. Os dois são irmãos gêmeos idênticos e quem não os conhece bem não consegue distinguir. Tomara que não seja verdade neste vale-tudo na política, porque, se for, Cleitinho terá mais um assunto para tratar com seus eleitores. 




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