Um robô quer seu emprego

 

Estudo realizado pela Universidade de Brasília avaliou 2.602 empregos e teve a participação de 69 acadêmicos e profissionais de aprendizado de máquina.

Até 2026, se todas as empresas resolvessem substituir trabalhadores humanos pela tecnologia que já temos disponível, seriam fechadas 30 milhões de vagas com carteira assinada. 

Segundo o Ministério do Trabalho, no fim de 2017, cerca de 25 milhões (57,37%) das vagas ocupadas tem a probabilidade muito alta (acima de 80%) ou alta (de 60% a 80%) de automação. Entram nestas categorias engenheiros químicos (96%), carregadores de armazém (77%) e árbitros de vôlei (71%).

Com a evolução do aprendizado de máquina, a automação é potencializada exponencialmente porque permite substituir tarefas repetitivas e mecânicas como as de ascensorista ou de digitador (acima de 99%).

 No entanto, vale lembrar que a probabilidade de automação não significa que, na prática, o humano perderá seu lugar. Novos empregos inimagináveis deverão existir.

Uma limitação é a econômica. Um software de automação para virtualizar um diagnóstico de laboratório requer um investimento muito inferior ao de comprar robôs para um lava-jato, por exemplo. 

Em alguns casos, mesmo quando a tecnologia existe e é viável, uma substituição pode não ser viável. Operadores de caixa têm 77% de probabilidade de serem substituídos por máquinas. Segundo a Folha de São Paulo, a rede MacDonald’s tem 250 lojas de autoatendimento no Brasil e afirma que não há risco de demissões.

As quatro ocupações que mais correm risco são: taquígrafo, torrador de café, cobrador de transportes coletivos e recepcionista de hotel. Na lista também estão: salgador de alimentos, serrador de madeira, leiloeiro, coletor de lixo domiciliar e alinhador de pneus. 

Em geral, estão a salvo funções que envolvem criatividade e contato humano, por exemplo: babás, psicólogos e artistas, que têm risco perto de zero. Trabalhadores humanos, como cientistas e programadores, terão uma grande demanda em um futuro próximo.

Coluna Connect

 

Por Piero Brustin
Contato:
[email protected]
www.brustin.com.br

 

 

 

 

Comentários