Um ano para ser esquecido?

O ano vai chegando ao fim e os torcedores dos grandes clubes mineiros têm pouco ou nada a festejar na temporada. Tirando o Cruzeiro, que conquistou o hexa da Copa do Brasil, no resto foi um fracasso só, vexame em cima de vexame. O sonho de títulos ficou mais uma vez adiado para a temporada seguinte.

É sempre assim. Para não reconhecer seus inúmeros erros, os dirigentes preferem jogar com o sonho e a paixão de suas torcidas, prometendo novos tempos para o futuro, novo ânimo nos torneios seguintes.

Mas chegando a hora “H”, de recomeçar a vida, com o início dos trabalhos para 2019 já começando na primeira semana do novo ano, nada melhor que parar e fazer uma reflexão, uma análise mais profunda de tudo o que foi feito neste ano e o que esperar de cada time para o ano que vem.

 Novo descenso ainda dói

 Depois de desbancar o Internacional na disputa da Série B em 2017, as esperanças dos americanos para 2018 eram as melhores possíveis, com a grande maioria acreditando que o Coelho finalmente iria se firmar na elite do futebol nacional, evitando o efeito ioiô (sobe num ano e desce no seguinte) que persegue o clube há décadas.

Mas infelizmente não foi desta vez. Depois de dar esperanças aos seus torcedores até a metade do Brasileirão 2018, o América despencou na tabela nas últimas rodadas e o resultado foi o que todos sabemos, com o time amargando mais um rebaixamento.

 Sem time

 Mas o fundo do poço ainda está logo ali, ao alcance do time, e se os dirigentes americanos não se mexerem rápido, até mesmo a participação no Campeonato Mineiro do próximo ano estará em risco, com o Coelho podendo amargar um desastre ainda maior.

É muito pessimismo? Não! O América perdeu quase todo o elenco deste ano e terá que se reinventar para o futuro. Hoje, para sermos sinceros, o Coelho está atrás até mesmo dos times do interior, que já começaram sua preparação para o Mineiro há semanas e terá de correr contra o tempo, sob pena de amargar mais um vexame em sua história.

Hoje, o América não tem elenco e nem time para começar 2019. Esta é a mais pura realidade.

 Atlético ficou só no sonho

 O ano do Atlético começou com a sua diretoria prometendo uma nova filosofia de trabalho, com a montagem de um time mais jovem, que pudesse render frutos técnicos e financeiros ao clube, a médio e longo prazo. E até que em certa altura do ano vinha conseguindo até surpreender, brigando pelas primeiras posições no Campeonato Brasileiro até as últimas rodadas.

No final, o time acabou na sexta posição na tabela, com classificação assegurada para a fase de pré-Libertadores em 2019. É muito pouco para a grandeza do clube, mas até que ficou de bom tamanho pelo que foi proposto no início do ano por seus dirigentes.

 Mais forte?

 Mas que ninguém se iluda com o que vem por aí. Com participação em mais uma Libertadores assegurada, o Atlético terá que se reforçar para a próxima temporada, mas com jogadores à altura da grandeza e dos sonhos de sua apaixonada torcida.

Terá que ficar bem mais forte, porque com o que encerrou o ano será muito pouco. Novato na diretoria de esportes, Marques terá que ter muito jogo de cintura para montar um grupo do tamanho do anseio da Massa Alvinegra.

 Só a Copa do Brasil foi muito pouco

 O Cruzeiro começou o ano com o título estadual, feito que não conseguia havia três temporadas, vencendo a decisão contra o Atlético e no final do ano fez história ao se tornar o maior campeão da Copa do Brasil, com seis conquistas, além de ser o primeiro time a levantar o troféu em duas temporadas seguidas.

Mas foi só. Nos outros torneios, a Raposa ficou abaixo do que sonhava e acreditava a China Azul.

 Em ritmo de espera

 E a virada de ano não promete grandes mudanças para os lados da Toca da Raposa. A diretoria ainda não anunciou nenhum reforço e a tendência é que não faça mesmo loucuras, com os reforços que porventura sejam anunciados, não sendo àqueles que imaginam seus torcedores. Em compasso de espera, a torcida torce tão somente para que a diretoria cumpra todas as promessas que fez.

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