Terroir Fashion

Uma das grandes mudanças que a globalização da moda provocou na cadeia produtiva do setor foi a revalorização da moda local ou regional. Isso pode soar com algo paradoxal, mas é real. A saber: como a mundialização fashion acabou criando grandes redes de distribuição nos grandes centros urbanos do planeta, as marcas produzidas nos polos do interior ganharam mais força. Com elas, veio o estilo uniformizado – que saturou a clientela, já confusa com toneladas de informações mostradas nas redes sociais.

Estes dois fatores deram força às marcas que trabalham regionalmente. Para começar, fazem uma produção pequena ou média, por isso mais dinâmica, evitando a mesmice das megamarcas bilionárias. Essa dinâmica levou, também, à criação de algo novo no estilo – obedecendo usos & costumes de cada região.

Assim, os polos do interior de Minas estão retomando seu dinamismo e a força de sua moda. Seja nos calçados, acessórios ou vestuário, a retomada de produção em muitas regiões é visível. No Oeste de Minas, o polo calçadista de Nova Serrana e o de vestuário em Divinópolis são dois exemplos dessas afirmações. Agora, só necessitam que os organismos oficiais de incentivo compreendam isso, dando seu apoio (créditos e isenções) para que nossos polos de moda cresçam o quanto merecem.

VAIVÉM 

  • A turma da Frente da Moda Mineira, em Beagá, está fazendo uma enquete para saber quais as melhores datas para estabelecer um calendário oficial da moda mineira. Tudo via internet. Uma boa iniciativa.

 

  • Foi intenso o vaivém na Feira de Calçados de Nova Serrana, a Fenova, realizada neste mês de agosto. Visitantes de todo o país e também estrangeiros visitaram os estandes. Por falar na cidade, o prefeito Eusébio Rodrigues Lago acaba de estabelecer parceria com a Associação Profissional dos Contabilistas, presidida pelo José Maria Scaldini Garcia, para construção da sede da entidade. 

PONTO FINAL

Tudo que a gente vem falando aqui sobre ‘moda é gestão’ parece confirmado pelas publicações especializadas. O site inglês Business of Fashion (BoF) mostrou, em artigo recente, que os dirigentes (CEOs) são, agora, as grandes estrelas das grifes de moda, e não mais os estilistas. Afirmação corajosa, mas verdadeira – pelo menos nas megamarcas mundiais.

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