Te cuida, América

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira 

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Para o América, o Campeonato Mineiro já é passado. De agora para frente, o pensamento tem de estar todo voltado para a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro, para que não se repitam nesta temporada os mesmos erros do passado.

Fica o alerta, a luz amarela foi acesa com as derrotas para o Galo. Dirigentes, comissão técnica, jogadores e até mesmo os torcedores americanos não podem se esquecer do fracasso do estadual e têm mesmo é de tirar lições da eliminação no Mineiro, para se fortalecerem para o Brasileirão.

Sem argumentos 

Nem mesmo comemorar o fato de terminar, depois de anos, o estadual na segunda colocação na primeira fase, o torcedor do Coelho pode. Se encarar a realidade, o americano verá que, nos quatro duelos que o time fez contra equipes de Série A – Cruzeiro e Atlético –, o América perdeu todos, levou sete gols e não marcou nenhum. Muito pouco para quem sonha em fazer bonito no nacional 2018.

A torcida 

E se tem uma verdade que também não pode ser deixada de lado, é a de que, com esta torcida que tem, o América não vai a lugar algum. O clube pagou para disputar o Mineiro e, na semifinal com o Atlético, com mando de campo do próprio Coelho e com ingressos mais baratos no jogo de volta, a torcida americana conseguiu a proeza de ser engolida pela Massa do Galo. Para ir mais longe no Brasileirão, os torcedores terão de tirar o pijama e voltar a frequentar o estádio. Se com a torcida de seu lado já será difícil, sem ela as chances do Coelho serão zero.

Dirigentes 

Marcus Salum e Cia têm de focar suas atenções a partir de agora apenas naquilo que interessa ao América, como time de futebol. Chega de jogar para a galera, com provocações aos rivais e declarações para agradar a mídia. O Coelho tem de vir acima de qualquer coisa, até mesmo de interesses pessoais.

Time 

Como time de futebol, o América mostrou no Mineiro que terá de melhorar muito. Todos no clube, desde o porteiro ao presidente, devem assumir de uma vez por todas que, principalmente nos jogos contra o Atlético, o time pagou caro por ter elenco de Série B e estar enfrentando um time de A. A diferença é enorme. E para evitar ser engolido pelos adversários e acabar novamente rebaixado no Brasileirão, o Coelho terá de acordar para esta verdade. Com elenco de Série B, será impossível evitar novo desastre.

Comissão Técnica 

Enderson Moreira é um excelente treinador. Isto todos estão cansados de saber. Mas também ele tem de encarar a nova realidade do América com outros olhos. Hoje o Coelho é time de Série A e, como tal, tem de enxergar o jogo. Não dá para esperar que se repita em 2018 o milagre do ano passado, quando desbancou o Internacional e conquistou a Série B. Agora, para ter sucesso, será preciso bem mais que sorte e jogar por uma bola. Tem de propor o jogo. E isto ele não fez ainda contra os grandes.

 MANGUEIRAS BRASIL 

Um pontapé de solidariedade 

Belíssima a campanha do Cruzeiro no jogo de domingo, contra o Tupi. Sempre preocupado com questões sociais, o clube abraçou desta vez nossas crianças pra lá de especiais.

Seguindo sua missão de exercer um papel de influência e cumprindo seu dever social, o Cruzeiro promoveu, no domingo, mais uma ação dentro da campanha que ocorreu na última semana, quando foi celebrado, em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Na manhã de domingo, minutos antes do início da partida entre Cruzeiro e Tupi, diversos integrantes dos institutos Viva Down e Mano Down fizeram as vezes de atletas e árbitros e entraram em campo representando a Raposa, o Tupi de Juiz de Fora e o trio de arbitragem, em ação que foi aplaudida pelo grande público presente ao Mineirão. Em seguida, eles ficaram perfilados ao lado dos jogadores e acompanharam a execução do Hino Nacional.

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