Supermercados fecham primeiro semestre com alta em Divinópolis

 

Jorge Guimarães

 O comércio varejista em Divinópolis, no segmento supermercadista, sentiu ligeira queda nas vendas, o que teria sido causada pelo aumento de preços em alguns itens devido à greve dos caminhoneiros.

Mas, o mesmo não pode se dizer em toda Minas Gerais.  De janeiro a junho deste ano, as vendas nos estabelecimentos mineiros registraram crescimento de 2,59% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado é apontado pelo “Termômetro de Vendas”, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (Amis) com empresas de todo o Estado.

Na comparação de junho deste ano, mês de referência da pesquisa, com o mesmo mês de 2017, o desempenho também foi positivo, fechando em 2,40%. Os números já estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Negativo

Em relação a maio, porém, o resultado de junho ficou negativo em 2,81%.  O que já era esperado pelo setor, porque no mês anterior, devido à greve dos caminhoneiros, o consumidor provocou uma corrida ao supermercado para estocar alimentos temendo a continuidade da paralisação.

O reflexo veio em junho, com baixa demanda, especialmente, por itens básicos, como a chamada “mercearia seca”, mais fácil de estocar. Outro fator que explica esse dado negativo é o calendário de 30 dias em junho, apesar de um sábado a mais, contra 31 em maio.

Fatores 

 O resultado de 2,40% em junho sobre o mesmo mês de 2017, pode ser explicado por fatores como o mês teve um sábado, melhor dia de vendas, a mais do que junho de 2017; a Copa do Mundo contribuiu com a elevação das vendas de alguns itens, principalmente, bebidas e carnes, o que ajudou a melhorar o desempenho. Além de muitos outros fatores ligados ao setor.

Novas lojas

Além do crescimento em vendas, o segmento ganhou mais lojas nesse primeiro semestre. Ao todo, 21 unidades foram abertas no estado até 30 de junho. Com isso, foram gerados cerca de 2,3 mil postos de trabalho no período pelas empresas do ramo. Nem todas as redes informam o valor investido nas unidades, mas a projeção da Amis é de que o segmento invista pelo menos R$ 440 milhões em expansão neste ano.

Variação

 Por região, a variação ocorrida de junho frente a maio mostrou todas as regiões com números negativos, totalizando, no Estado um número negativo de 2,81%. A região Norte foi a que teve maior queda ficando - 3,56% seguida da região Central que fechou em -3,48%. A Centro – Oeste teve queda de -3,06% e a do Rio Doce          -2,78%. As que menos caíram foram a do Triângulo com -2,35% a da Zona da Mata que fechou em -0,94% e a Sul que teve a menor queda, com  -0,77%.

Recuperação

— Logo após a greve a falta de alguns itens provocou a elevação de preços o que fez o consumidor deixar alguns fora de sua lista. Mas, agora, aos poucos a oferta vai se normalizando e as vendas para segundo semestre devem voltar aos patamares do ano passado — explicou Sérgio Martins, subgerente de uma rede de supermercados.

 

 

 

 

 

 

 

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