Somos todos responsáveis na luta contra pedofilia

Eduardo Augusto Teixeira

A pedofilia é um terrível flagelo que está entranhado em diversos contextos sociais.

A psicanálise considera o fenômeno uma perversão, uma compulsão obsessiva.

Já a Organização Mundial da Saúde a classifica como uma patologia, um transtorno da preferência sexual.

O fato é que, enquanto escrevemos este texto, milhares de crianças e adolescentes estão sendo vítimas de crimes ou violências sexuais, dentre elas o abuso sexual, estupro, exploração sexual, exploração sexual no turismo, assédio sexual pela internet e pornografia infantil.

Esses delitos contra as crianças e adolescentes são de extrema gravidade e atingem a parte mais fraca da sociedade, conhecidos como hipossuficientes, vulneráveis – o que atrai nossa proteção.  

O maldito pedófilo convencional está totalmente inserido na sociedade e geralmente possui aparência de bom caráter, aspecto de normalidade e age com discrição e sutileza – busca simpatia e agradar a todos até que possa agir... E pior que muitos casos age criminosamente na família, no seu grupo, por anos destruindo vidas inocentes. 

É preciso praticar a prevenção aos atos de pedofilia, em especial ao abuso sexual, sempre e em todos os lugares onde tenha uma criança e adolescentes – em casa e na família, nas igrejas e templos, nas escolas e todas as atividades escolares, nos clubes, nas redes sociais (internet) enfim, onde estiverem a criança e o adolescente. 

Essa prevenção não é uma opção, é um dever de todos, da família, da sociedade e do Estado, é chamado princípio da proteção integral às crianças e aos adolescentes, inteligência do artigo 227 da CF, cito: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão".

Sabemos que criar filhos dá um enorme trabalho, mas é preciso esforço e dedicação dos pais e responsáveis nesta tarefa – e não é só criar, é indispensável sedimentar laços de afeto e segurança, gerando um canal aberto de diálogo entre as crianças e os adolescentes com os pais, que são seus primeiros protetores. 

Os pais e responsáveis devem estar sempre em vigilância, monitorar todas as atividades das crianças e dos adolescentes – participar de verdade na criação deles e observar qualquer tipo de comportamento diferente que possa dar sinal de algum fato que possa estar ligado a algum ato criminoso, aos atos de pedofilia. 

De imediato, os pais devem denunciar as autoridades qualquer ação que possa caracterizar crime de pedofilia, isso por meio dos canais de segurança como disque 190 Polícia Militar, 181 Polícia Civil, 100 da Secretaria dos Direitos Humanos, ou recorra diretamente ao Conselho Tutelar, Promotoria de Justiça de sua cidade, pessoa de sua confiança para que possa auxiliar nesta denúncia e viabilizar a prisão do agressor e acabar quanto antes com os atos do crime, que deixam feridas pelo resto da vida. 

Precisamos cuidar de nossas crianças e adolescentes, para que tenhamos uma sociedade melhor – por isso, na semana passada, enfatizamos a LUTA CONTRA PEDOFILIA.

Não poderia deixar de registrar nosso total apoio à campanha encabeçada pelos dignos Casé Fortes (promotor de Justiça) e Leonardo Pio (delegado da Polícia Civil), além de todas as outras autoridades e cidadãos engajados nesta luta, que, como já dito, é de TODOS. 

Eduardo Augusto Silva Teixeira é advogado 

[email protected]

 

Comentários