Só burrice?

Preto no Branco

Quem acompanhou a eleição para o Senado e Câmara Federal, aliás, quem gosta e segue a política, certamente já deve ter falado: quanta burrice! Verdade, vivemos em uma era que só a burrice é muito pouco para nomear, como fez a Superinteressante, edição 394. A revista se referiu ao mundo, porém, vamos encurtar e falar somente do Brasil, país da desonestidade geral e da imoralidade. Conluios sem limites, compra de votos, vira casaca... Resumindo: se vê de tudo na hora da escolha de algum comparsa para um cargo ou se ganha uma eleição.  E não pense que isso ocorre só em Brasília, não. Por aqui ‒ onde se tem muita saudade da política da época em que a cidade começou a se desenvolver ‒ as práticas de alguns, que o poder subiu à cabeça, são que nem, quem nem. Basta prestar mais atenção. Pode ser que do seu lado tenha um deste “naipe”. 

Culpa dividida 

O disparate fica por conta da população, que até hoje não aprendeu a escolher seu representante. Ou faz por interesses, pensando no próprio umbigo como eles, ou vota de qualquer jeito apenas para cumprir sua obrigação. Por essa e outras é que o voto deveria ser livre. Já na conta dos políticos entra o mau caratismo.  É incrível como o poder e o dinheiro fascinam quem tem predisposição para ser desonesto. No topo da pirâmide, estão eles (os políticos). Imponentes, empoderados, donos de si e de todas as razões. No pé dela, sem chance de subir algum degrau, a patuleia, que ainda aplaude quem deveria jogar pedra e derrubar como uma manga madura. Porém, a continuar como está, e é a tendência, é mais fácil continuar aceitando o resto que sobre de cima, e quando sobra!  

Passando vergonha 

O mais interessante neste atual cenário é que mesmo não sabendo escolher um candidato sequer, tem muita gente nas redes sociais que se acha um Umberto Eco da vida, um dos escritores mais renomados do mundo. Mesmo nem sabendo como funciona a política brasileira, discute a americana, a chinesa, conflitos no Oriente Médio e por aí vai. Mas, que mal tem, se as redes sociais estão aí abertas para uma manota atrás da outra? As mesmas pessoas que afirmam não ter tempo para nada, como estudar, ler bons livros e, acredite, até para suas tarefas mais básicas, varam as madrugadas nas redes sociais batendo boca, vez com assuntos inúteis, ora passando vergonha tentando ser quem não é.  E o pior, não só acham, mas têm certeza que estão abafando. É por isso que os brasileiros têm os representantes que merecem. Simples assim.

Tem prazo 

E ao ouvir alguns discursos na primeira reunião ordinária da Câmara de Divinópolis, se tem certeza que a coisa é geral. Alguns escorregões, trocas de palavras, muito normal, principalmente para os novatos. Mas, “pelo amor de Dadá”, quem se coloca à disposição para representar uma cidade, precisa, no mínimo, conhecê-la de “cabo a rabo”. Como ainda está bem no início, dá para engolir, e nem há necessidade de citar nomes. Mas esta benevolência por parte de quem conhece e critica tem prazo de validade. Assim, ainda há tempo de pelo menos tentar reduzir os deslizes. #Ficaadica.

Atenção ao vereador 

Logo depois de assumir a liderança do prefeito na Câmara, Edsom Sousa (CDN) idealiza outros projetos. Um deles, o qual ele chama de fundamental importância, é a criação da Associação de Vereadores do Centro-Oeste. Na visão de Edsom, há um descaso atualmente com os vereadores que precisam que suas vozes cheguem mais longe. O líder do prefeito revela ainda que a intenção é oferecer a eles suporte jurídico, treinamentos e outros, para que saibam o valor que têm, pois a maioria está isolada no estado. Se tudo caminhar bem, o lançamento deve ocorrer em 1º de outubro, Dia do Vereador.  Tomara que, daqui até lá, a população já tenha motivos para acreditar e aplaudir seus representantes. 

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