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Não tá fácil pra ninguém. Faltando poucos dias para o segundo turno das eleições, fatos ridículos e, por que não, inusitados, marcam a campanha dos candidatos ao Governo de Minas e a Presidência da República. A intolerância e a falta de “papa na língua” são as principais delas. Isso, lamentavelmente, não só por parte dos candidatos, mas de muitos eleitores em diversas regiões do país. Sinceramente? Dá vergonha servir de chacota para outras nações mais civilizadas.

Baixo calão

Um exemplo deste comportamento vergonhoso ocorreu no domingo, em Belo Horizonte, quando do ato favorável ao presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, o candidato ao Governo de Minas, Romeu Zema, do Novo, foi vaiado e xingado palavras chulas e ofensivas. O empresário foi chamado de “oportunista” e “vagabundo” pelos participantes do evento e teve que deixar o local escoltado por seguranças. Não era para tanto. Palavrões não são coisa pra gente que se diz educada.

Mesma linha

O mais triste é constatar que este comportamento vem justamente de pessoas que estão convictas em mudanças radicais no Brasil. Agindo desta forma, é um caso a se pensar. Todo tipo de agressão é repugnante. Para mudar realmente, este tipo de atitude tem que ser banida juntamente com a corrupção e muitas outras situações vistas todos os dias a olho nu.  Não existe mudança pela metade, ou se faz direito, ou não pega pra fazer. Caso contrário, o risco do fracasso é eminente.

Explica-se

A pesquisa Retrato da Leitura mostra que 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro sequer. O Banco Mundial estima, com base no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que os estudantes brasileiros podem demorar mais de dois séculos e meio para ter a mesma proficiência em leitura dos alunos dos países ricos. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o mercado editorial encolheu 21% entre 2006 e 2017. Precisa dizer algo mais?

Combate às fakes

E não é somente isso. Esta triste realidade às vésperas do Prêmio Jabuti, um marco na literatura brasileira, este ano marcado para 8 de novembro, desemboca em situação horrorosa que vem ocorrendo nos últimos meses, especialmente no meio da política: as fake news. O editor e presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Luís Antonio Torelli, destaca a importância da leitura e do conhecimento para o combate à disseminação de notícias falsas. O especialista diz que sem conhecimento, as pessoas formam opinião sem checar o que recebem. Isso é fato!

Se endireita?

“Pau que nasce torto, até as cinzas são tortas”. Ditado muito comum e destinado a alguém que apronta, apronta e não conserta. Mas, será? Sim. Pelo menos o caso do ex-goleiro Bruno Fernandes. Esse não aprende a lição. Ele perdeu na última sexta-feira, 19, o direito de realizar trabalhos externos ao presídio de Varginha, dois dias depois de ser flagrado pela TV Alterosa, na companhia de duas mulheres e com uma lata de cerveja na mesa.

Perdeuuuuu!

O ex-jogador está preso na cidade do Sul de Minas desde abril de 2017. Bruno foi preso em 2010 e posteriormente condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio, sua amante, e por sequestro e cárcere privado do filho que teve com ela. Bruno estava autorizado, desde o ano passado, a trabalhar em obras na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Varginha, sem supervisão.

 

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