Seis por meia dúzia

O novo secretário da Saúde de Divinópolis Amarildo de Sousa, assumiu a pasta sabendo exatamente da imensa dificuldade que o espera. Ele disse insistentemente que a falta de dinheiros seria a causa principal. Não é. Seu principal problema, talvez até instransponível, serão as cobranças dos vereadores ávidos em tirar proveito de certas situações, como do povo que não perdoa o responsável local pela saúde, mesmo sabendo de tudo que anda acontecendo por este país afora.

O velho ditado diz de forma acertada que o povo não é bobo. Por outro lado, pode-se perfeitamente afirmar que em cima deste dito popular, está a desinformação. E isso acontece porque o trabalhador, em sua maioria não tem tempo para ver TV, ouvir rádios e jamais ler jornal, mesmo porque grande parte nem sabe o que é este artigo, hoje impregnado de dúvidas quando colocado frente à frente com as mídias sociais.

Estas são mais ágeis, mas menos confiáveis, enquanto os impressos são mais lentos, cheios de responsabilidade e credibilidade, daí a sua existência difícil, mas com continuidade garantida.

O novo secretário repete o anterior em todas as alegações, e provavelmente terá que plantar uma árvore de dinheiro, ou então ter a sorte de descobrir um caminho. Os postos de saúde e a UPA precisam de dinheiro vivo para se manterem, pois tem profissionais à espera de pagamentos. Rogério Barbieri, caiu (ou cedeu seu lugar) por não ter como resolver uma situação cuja resolução é quase que impossível.

E é aí que reside ou está o principal do problema, pois se não há solução, como resolver? Cabe ao novo secretário, primeiramente saber ouvir e entender que, as críticas maiores, os reclames, os pedidos de socorro não são de todo de sua responsabilidade. E não são, porque por trás dele está o prefeito para repassar verbas, o governador para mandar dinheiro e o presidente para mandar dinheiro para o país, aí incluídos os anseios da cidade.

O Hospital Público resolveria sim todos os problemas de saúde da cidade e região por alguns anos, desde que fosse terminado, mobiliado, com instrumental e aparelhos de última geração e a contratação de equipes, desde a limpeza, passando pelos enfermeiros, médicos e a direção. Amarildo, que leva o nome de um grande jogador de futebol que salvou a Seleção Brasileira em 1962 no Chile, terá que se desdobrar muito mais que pensa para conseguir, não salvar alguma coisa, mas simplesmente continuar no cargo.

 

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