Seguindo o líder

O vereador Matheus Costa (CDN) gaba-se de ser um imitador do deputado Cleitinho Azevedo. Até já declarou no plenário da Câmara que prefere imitar o Cleitinho do que imitar, por exemplo, o deputado corrupto Eduardo Cunha (MDB). E é verdade, segue mesmo! Tanto que cometeu (na minha opinião) o mesmo erro que o seu modelo: propôs a redução de despesas da Câmara Municipal e de salários dos edis. Ora, por acaso políticos legislam contra seus interesses? Ainda mais se envolver corte de ganhos.

Cleitinho também propôs redução de salário

Durante a campanha eleitoral para vereador, Cleitinho Azevedo já pregava que os salários dos edis deveriam ser reduzidos em 50%. Eleito, propôs aos demais parlamentares esta diminuição e, por isso, alguns vereadores disseram à época que Cleitinho deveria dar o exemplo e doar 50% dos seus proventos. Ele deixou claro: “para algumas pessoas que estão falando que eu devo devolver o dinheiro, o dinheiro é meu, eu trabalho honestamente, estou dedicando a minha vida a isso, então, com o meu dinheiro, faço o que eu bem entender”. E Cleitinho nunca revelou para qual instituição doava os 50% do seu salário. Até explicou por que não revelava: “o que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber”. De fato, como a mão esquerda não dá explicação, nunca ficamos sabendo para quem Cleitinho doou os 50% do seu salário.

Diferente do líder

Mais comedido que Cleitinho, o vereador Matheus Costa propôs reduzir apenas 25% das remunerações dos edis. Ante tal proposta, o vereador Print Junior fez o seguinte desafio ao Matheus: “eu desafio o vereador a dispensar todos os seus assessores e abrir mão do seu salário por 90 dias; depois deste prazo, ele fala se a proposta é viável”. E Matheus topou. Os 25% dos vencimentos dos três meses de experiência, segundo Matheus, serão usados para reformar o prédio da Associação do Bairro Ipiranga e para investir no Projeto Esportivo do bairro. Pelas informações de Matheus, as reformas foram orçadas em R$ 25 mil reais.

Olinto Pará notifica condomínio

O advogado e assessor de gabinete do vice-prefeito, Olinto Guimarães Neto, que foi exonerado em função das controvérsias criadas entre o vice-prefeito, Rinaldo Valério (DC), e o prefeito, Galileu Machado (MDB), notificou judicialmente o síndico do prédio do Condomínio Guarujá, cujo sistema de câmera gravou sua imagem.

Razões da notificação

Na votação pelo impeachment de Galileu, solicitado pelo vereador Sargento Elton (Patriota), o vice-prefeito, Rinaldo Valério, e assessoria foram acusados de estar articulando contra o alcaide, ao visitar o líder do governo, vereador Print Junior, em seu apartamento. Rinaldo e seu assessor Olinto Pará foram filmados pelo sistema de câmera do edifício onde mora o líder do governo. Para Olinto Pará, sua imagem foi indevidamente divulgada na imprensa local e até mesmo por autoridades deste município, sob a acusação de ter encontrado com um vereador que reside no mesmo condomínio do qual o notificado é síndico, com o fito de tramar um “golpe” contra a pessoa do atual prefeito de Divinópolis. Tais fatos, para Olinto, macularam sua honra, pois colocaram em dúvida a sua honestidade e a sua reputação como homem público cumpridor de seus deveres, sem sequer ter adentrado no edifício sobre sua representação.

O que quer Olinto?

Com esta notificação ao síndico, entre várias indagações, Olinto quer saber: a divulgação das imagens foi autorizada pelo notificante? Se sim, para qual finalidade? Alguém solicitou a filmagem e para quem foram entregues as imagens gravadas no sistema de câmeras externa do condomínio? Se houve solicitação para que as imagens fossem divulgadas, qual o fundamento de tal pedido? Foi consultada a assembleia do condomínio do edifício Guarujá, de forma extraordinária, sobre a liberação das imagens tendo em vista de não ser obrigação corriqueira do síndico? Quem solicitou as imagens e com base em quais argumentos justificativos? O intento da notificação é dar ao síndico o direito de defesa e de esclarecimento dos fatos. O seu eventual silêncio redundará em competentes ações judiciais, garante Olinto

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