Queima do Alho na DivinaExpo revive tradição

Cardápio vem inclusos pratos como carne de sol, arroz carreteiro, feijão gordo e feijão tropeiro

Jorge Guimarães

Um dos momentos que marca a tradição sertaneja na DivinaExpo é a tradicional Queima do Alho. Neste ano, a festa acontece no dia 3 de junho, das 11h às 17h, e promete trazer lembranças da história da região e o sabor de comidas típicas do boiadeiro, preparadas por cozinheiros de 16 comitivas de Divinópolis e região.

Para o cardápio, estão inclusos pratos como carne de sol, carne na chapa, arroz carreteiro, feijão gordo e feijão tropeiro. Os alimentos são feitos na hora e todos os presentes se servem à vontade. Os ingressos custam R$ 40, lote promocional, e podem ser adquiridos online e em pontos de venda.

Shows                                                                     

Cinco shows também já estão confirmados para animar ainda mais esse momento. Se apresentam os músicos Caipira Natu, Ana Laura, Tião Reis & Zé Mineiros, Helio Savassi e Miltinho  & Mirante e Mirael. Neste ano, além da música, o público também poderá conferir o concurso de Berrante.

Toda a renda da Queima do Alho será revertida para entidades filantrópicas de Divinópolis, como a Associação de Combate ao Câncer Centro Oeste Minas (Acccom), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Divinópolis (Apae),  Associação de deficientes do Oeste de Minas (Adefon) e Clínica São Bento Menni. Algumas crianças que estão fazendo tratamentos delicados de saúde também irão receber apoio financeiro.

 História

A Queima do Alho faz parte da história das festividades rurais no Brasil. Surgiu no Centro - Oeste do país, quando as comitivas de boiadeiros levavam o gado de Goiás e do Mato Grosso para São Paulo. No meio das viagens, enquanto paravam nos pontos de pouso para amansar os cavalos e se preparar para o dia seguinte, um cozinheiro fazia a comida para o resto da comitiva. Assim, as pessoas que chegavam para ver as montarias, ficavam para comer os pratos que eram feitos em fogão improvisado no chão. Ao longo dos anos, a Queima do Alho tornou-se parte das festas de rodeio pelo Brasil, levando o gosto da culinária típica do peão de boiadeiro para todo o público.

Concurso

Durante a Queima do Alho, as comitivas participantes preparam pratos tradicionais. Cada uma apresenta seu cardápio que é servido durante toda realização do evento.

A comida é feita em fogão improvisado, bem próximo ao chão, como manda a moda antiga.  O presidente do Sindicato Rural, Irajá Nogueira, contou que o transporte das boiadas, e as paradas que deram a origem não só a Queima do Alho, mas também ao rodeio.

—É uma história muito bonita, pois nas paradas, quando os peões iam amansar os cavalos, o público que se aglomerava para assistir, ficava em círculos, para melhor  assistir de perto ao “rodeio”, daí o nome — explicou.

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