Pressão verde

Wagner Penna

Os prejuízos da indústria têxtil para o ecossistema ambiental começam a ser reconhecidos pelos próprios integrantes dessa cadeia produtiva – além de já provocar efeitos práticos e prejuízos efetivos para quem foge das regras de sustentabilidade.

Um dos casos mais rumorosos, nos últimos dias, foi a decisão de marcas famosas de não usarem algodão produzido em determinada região da China – tanto por usarem mão de obra barata, quanto por usarem defensivos agrícolas nocivos ao meio ambiente. Em contrapartida, os chineses boicotaram (em seus sites de e-commerce) as referidas marcas.

No plano social, alguns passos também estão sendo dados – caso do esforço internacional de ONGs para que as marcas do Ocidente paguem um tributo mínimo (por peça) para diminuir a penúria dos trabalhadores do Oriente, nessa fase da pandemia covid-19.

Essa nova postura vai delineando um quadro bem diferente do circuito fashion para quando a vida mundial voltar ao seu habitual – talvez com menos ganância e mais concordância.

 VAIVÉM

 

  • Uma reportagem da revista New Yorker mostrou a vida da costureira americana Anne Lowe, a primeira profissional afrodescendente com talento reconhecido pela mídia. Uma trajetória impressionante, cujo ápice foi fazer o vestido de noiva de Jackqueline Kennedy – embora sem reconhecimento público. Agora, teve seu nome colocado no lugar merecido.

 

  • Depois de uma  pausa para atender plenamente a vida doméstica, a modelo Gisele Bündchen retornou aos holofotes. Desta vez, como embaixadora da Natura Ekos – marca que se aproxima mais com o ecológico em sua produção de cosméticos. Uma bela parceria o conceito Biobeleza – unindo natureza e beleza – e preservação da Amazônia. Bacanésimo.

 

PONTO FINAL

A turma da moda já aposta nos efeitos da vacinação em massa, prometida para ser acelerada a partir de abril. É que dois salões de negócios já estão programados para o mês de maio, em São Paulo. Um é o Casamoda e outro o NovoShowroom – ambos no período entre 17 e 21 daquele mês. Também em Minas, as vendas em pronta-entrega do inverno 21  ganharão fôlego depois de abril. Previsão de integrantes do setor. Amém!

 

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