Por que arrombar a porta se eu tenho a chave?

 

Israel Leocádio da Silva

Olá! Como vai? Peço a Deus que esteja bem. Pode parecer pouco que alguém apenas peça a Deus por outro, não é? Mas não é bem assim. O pedido feito à pessoa certa pode ser mais poderoso do que se imagina. É um pequeno gesto, sim. Contudo, pode ser poderoso. Deixe-me contar uma ilustração! Certo jovem (de origem humilde, porém, aplicado em realizar seus sonhos) ganhou uma bolsa de estudos em uma famosa escola. Naquele lugar, em que passou alguns anos, tornou-se uma pessoa admirável. Era boa pessoa, confiável, pessoa de poucas palavras. Era conhecido sem saber. No fim do curso, fez amizade com outro aluno daquela rede educacional. Por ser fim de curso e tendo pouco tempo, a amizade foi sólida, mas sem muitas palavras sobre a vida pessoal. Os jovens se formaram na faculdade, anos depois. E, passados alguns anos, se encontraram novamente em um saguão de uma grande empresa. O jovem admirável e de origem simples foi reconhecido pelo amigo de fim de curso, que foi ao seu encontro imediatamente. Em meio à conversa, o jovem de origem humilde compartilhou o motivo que o levara até ali. Ele buscava uma oportunidade de emprego. Iria fazer uma entrevista naquele lugar. Logo, seu amigo tirou um cartão do bolso, deu-o ao colega e disse: “Entregue-o ao meu pai. Ele é o dono desta empresa. Diga-lhe que você é meu amigo!”. Foi exatamente o que fez o jovem. Então, chegando diante do dono daquela grande empresa, depois de ouvir o jovem, o dono disse-lhe: “Se você é amigo do meu filho, irei atender seu pedido”. 

Pequenos gestos podem ser poderosos. Quando se é amigo do filho do “dono de tudo”, certamente, isso faz a diferença.

Dentro dessa reflexão, sugiro que pense no poder de pequenos gestos, na força de pequenos atos, na capacidade presente em pequenas coisas. Pense, por exemplo, na figura de uma chave. Um pequeno objeto que carrega um valor enorme, que é o fato de ter em sua forma o exato segredo da fechadura. O que lhe dá poder para abrir a porta. Por maior que seja. Quem tem as chaves de uma porta não usa grande esforço para abri-la: Por que alguém que tem a chave arrombaria a porta?

Aqui há algo a se pensar sobre o que temos vivido. Temos visto a humanidade presa em um lugar escuro, cheio de medos, cercada de morte e maus presságios. E, de alguma forma, temos feito um esforço enorme para abrir a porta e sair desse “quarto de terror e angústia”. Certamente, se tivéssemos a chave, abriríamos a porta e sairíamos dessa condição. Uma simples chave resolveria nossos problemas!

Acredito que, à semelhança do jovem simples que tinha um amigo importante e não sabia, temos um Amigo importante, que carrega a chave dessa prisão épica – nosso Amigo Jesus. Digo Amigo porque assim Jesus definiu o seu desejo de  relacionamento, quando disse: “Eu vos tenho chamado amigos” (João 15.15). Temos um Amigo importante. Temos um Amigo que se importa, como diz a Bíblia:“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4.18,19). Jesus tem as chaves que abrem as portas de nossas prisões! Jesus é Amigo! Por que não recorrer a ele, se ele mesmo disse: “Vinde a mim” (Mateus 11.28)?

Eu continuo orando por você, pois aprendi com o apóstolo Paulo e estou certo em quem tenho crido e sei que é poderoso (1 Timóteo 1.12). Não duvide. Quem tem as chaves e não precisa arrombar a porta. Peça ao Filho do dono, que as portas se abrem.

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