Política não é futebol

 

O grau de interesse e envolvimento de Marcio Lacerda, pré-candidato ao Governo de Minas, com a nossa região é notório. Nunca antes a cidade foi tão prestigiada por alguém que almejasse ou estivesse no mais alto posto do Estado de Minas Gerais. No passado, tivemos governadores que sequer pisaram na cidade durante a campanha ou durante o mandato.

O que seria inicialmente uma visita ao aniversário da cidade se tornou uma extensa agenda política com reuniões com prefeitos da região, uns 20, todos recebidos com calma para exporem suas demandas e ideias. Lacerda, que foi eleito o melhor prefeito do Brasil pelo período em que esteve frente à Prefeitura de Belo Horizonte, mostrou profundo conhecimento sobre os problemas do estado e, ao contrário de alguns que apenas criticam, propôs soluções diversas para problemas como a alta carga tributária e gestão de estatais.

A visita era para ter terminado na sexta-feira, mas se estendeu pelo sábado com o pré-candidato mostrando profundo apreço pela cidade e pela região. Para melhorar, declarou com convicção que há grandes possibilidades de que o deputado federal Jaime Martins (Pros) seja o candidato a vice em sua chapa. Márcio Lacerda chegou a dizer que, dos nomes indicados até agora, o de Jaime é seu favorito. Para a cidade, seria extremamente positivo ter uma de suas lideranças ocupando o posto. Talvez, seja o que estamos precisando para sermos atendidos em demandas como conclusão do Hospital Público, duplicação da rodovia e o tratamento do esgoto.

Algumas pessoas chegaram, de maneira ignorante, a criticar nas redes sociais a possível aliança, com os motes que têm sido repetidos à exaustão nas redes sociais que se referem à não reeleição de ninguém. Uns se posicionaram afirmando que Jaiminho não terá seu voto e que, por isso, Lacerda também não. Clara demonstração de desconhecimento político e desinteresse com o futuro da cidade. Mesmo que não tenham gostado da atuação parlamentar de Jaime Martins, o mesmo não estaria, se confirmado como vice, disputando eleição como deputado e, sim, como vice-governador, não sendo, portanto, reeleição. Escolher um político de outra cidade para o posto, ao invés de um local, seria o mesmo que gritar: “Que se exploda Divinópolis!”.

O cidadão que tomou gosto pela política recentemente tem que chegar entendendo que não se escolhe o candidato ou partido igual time de futebol onde se nasce Cruzeiro, morre Cruzeiro ou se nasce atleticano e morre atleticano. Política muda e o bom candidato de hoje pode não ser o de amanhã porque tudo depende de conjuntura, cenário e alianças. Aqui não vale xingar a mãe do juiz, é preciso fazer análise profunda do currículo e propostas para se chegar a uma decisão. Ao contrário do futebol, na política, quando o mandatário é ruim, não adianta torcer para que ele não caia para a segunda divisão. É chutar para ele cair mais rápido. No passado, votei em Aécio Neves. Hoje não votaria e ainda quero que seja expulso do jogo.

Por falar em PSDB, não posso de deixar de lembrar mais uma vez que um dos candidatos é Anastasia, que entregou o esgoto para o Copasa e criou pedágio na MG-050. É o mesmo que mandava no Governo de Aécio e que agora não pode dizer que não viu os desvios e situações fraudulentas que agora são investigados e resultaram no estado quebrado que foi entregue para Pimentel. Pecar por omissão é tão grave quanto por intenção. Fazer a linha do Lula de que não viu ou não sabia é duvidar da nossa inteligência.

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