Política de Internet
Preto no Branco
Até outubro, as redes sociais serão fomentadas em massa com vídeos de políticos. E o que não falta é material para os parlamentares divulgarem suas “denúncias”: buracos, bairros sem água, postos de saúde sem infraestrutura adequada… Divinópolis é um prato cheio para os cyberpolíticos. A oito meses das eleições, o que não faltará serão políticos indignados, se colocando na posição de denunciantes. Na verdade, as situações lamentáveis enfrentadas por alguns moradores não surgem apenas em ano eleitoral, mas, curiosamente, são descobertas apenas neste período.
Importantes
Claro, as redes sociais são fundamentais para os políticos divulgarem suas ações. Mas ficar preso a elas é ficar inerte à realidade. É preciso diálogo. Alguns vereadores demonstraram bem essa capacidade em 2018. É preciso fiscalizar, cobrar e dialogar. O processo, infelizmente, é demorado, mas pode trazer bons resultados. Prefeito, vereadores, deputados, senadores e demais políticos necessitam entender da importância da construção. A cidade, o estado e o país não vão mudar através das redes sociais, que cumprem um papel de alerta importante aos cidadãos.
Único
Como tratado neste “Preto no Branco” de ontem, o prefeito Galileu Machado (MDB) e o deputado estadual Cleitinho Azevedo (CDN) voltaram a se desentender e fizeram críticas, em vídeo, sobre a atuação um do outro. Primeiramente, não parece benéfica essa briga virtual. O deputado é o único representante de Divinópolis na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os dois não precisam ser amigos, mas é preciso que tenham um canal de diálogo aberto, para que o prefeito mantenha Cleitinho informado sobre as necessidades e prioridades do Executivo para a cidade.
De cima para baixo
A situação parece ocorrer ao contrário. O deputado estadual é quem tem mantido o Executivo informado. Como demonstrou no ano passado, quando alertou que Divinópolis estava perdendo um recurso na ordem de R$ 3 milhões anuais por desinteresse da Prefeitura em se habilitar à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae). Após a crítica do deputado, que contou com o apoio de vereadores, a Prefeitura visitou a agência para esclarecer dúvidas. A solicitação foi protocolada e aceita, e Divinópolis deve receber o recurso já neste ano. Mas a questão é sempre a mesma: por que tanta demora?
Morte sem causa
A Saúde em Minas Gerais enfrenta mais um problema. Agora, além de enfrentar doenças já conhecidas, também precisa lutar contra o improvável. Sete homens estão internados no estado com uma doença ainda desconhecida, com insuficiência renal e sintomas neurológicos. Um deles, de 55 anos, morreu ontem na Santa Casa de Juiz de Fora. Todas as vítimas moram ou visitaram recentemente a região de Buritis, em Belo Horizonte. Apesar da apreensão, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) solicita calma e afirma que os casos são pontuais. Uma força tarefa da pasta e agentes do Ministério da Saúdem formam uma força-tarefa para desvendar as consequências da doença fatal ainda não identificada.
Crianças em risco
Como noticiado ontem pelo Agora, uma vacina fundamental para as crianças está em falta, por falta de envio pelo Ministério da Saúde. O problema, que afeta o país inteiro, também acomete Divinópolis. A imunização, a ser tomada em três doses (aos dois, quatro e seis meses de vida), protege bebês de cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria Haemophilus influenzae tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Mais uma vez a população precisa pagar por serviços de obrigação do Estado e da União (Saúde, Educação, moradia...) com o próprio salário.