Polícia alerta para prevenção de acidentes nos feriados do fim de ano

Maria Tereza Oliveira

Com a chegada de dezembro, as chuvas se tornam mais frequentes. A característica do verão tropical faz parte da vida dos divinopolitanos e moradores da região e traz algumas consequências, como ruas alagadas ou estradas escorregadias. A previsão do tempo aponta para chuva constante pelo menos até a véspera de Natal. Para completar, a aproximação das festas de fim de ano torna as estradas mais movimentadas o que, somado ao fato de a chuva deixá-las lisas, torna necessário cuidados adicionais para evitar acidentes.

O Agora ouviu o comandante da 7ª Companhia de Polícia Militar Rodoviária (PMR), major Alexsander de Oliveira Silva, sobre as ponderações necessárias para os motoristas evitarem entrar para estatísticas.

Prevenir é melhor

do que remediar

À reportagem, o major Alexsander disse que os motoristas precisam redobrar a atenção não apenas durante a direção, mas antes dela, verificando as condições do veículo.

— Realizar manutenção veicular com atenção especial às condições dos pneus, alinhamento e palhetas do limpador de para-brisa, respeitar os limites de velocidade nas rodovias, manter distância de segurança para o veículo que trafega à frente e evitar frenagens bruscas são os principais passos para evitar acidentes em estradas escorregadias — aconselhou.

O oficial ainda revelou que, em períodos de chuva, o número de acidentes aumenta consideravelmente, pois, nesta época, ocorre com frequência o fenômeno denominado “aquaplanagem”.

— Isso acontece devido ao acúmulo de água. Os pneus perdem o contato com o piso asfáltico e deslizam, resultando em acidentes — explicou.

O comandante ainda destacou que, além das chuvas, o tráfego intenso nas rodovias pode ocasionar em um maior número de acidentes.

— Importante que os motoristas adotem medidas protetivas nas conduções veiculares, primando por uma direção defensiva e prudente. A imprudência dos motoristas é a maior causa de acidentes — salientou.

Retrospecto

As rodovias que cortam o município foram, no ano passado, palco de inúmeros acidentes. Entre os dias 21 e 25 de dezembro, feriado prolongado de Natal, foram contabilizados 32 colisões, sendo que 16 dessas tiveram vítimas e duas pessoas morreram. Na época, a 7ª Companhia informou que 50% destas ocorrências poderiam ter sido evitadas, pois a causa presumida deles era a falta de atenção e irresponsabilidade na direção, como velocidade incompatível com a via, ultrapassagem em locais proibidos e não observar o fluxo contrário da via contrária ao ultrapassar.

Já no feriado de Réveillon, entre 28 de dezembro e 1º de janeiro, não houve registro de vítimas fatais nas rodovias. Aconteceram, no entanto, 19 acidentes com 60 vítimas. Destas, 51 saíram ilesas e nove feridas.

Natal chuvoso

De acordo com dados do Climatempo, hoje, amanhã e nos próximos dias, até a véspera do Natal, são esperadas pancadas de chuva à tarde e à noite todos os dias.

A chuva dá uma trégua no dia 25, quando está previsto sol o dia todo sem nuvens no céu, e, durante a noite, tempo aberto ainda sem nuvens.

O Agora entrou em contato com o coordenador da Defesa Civil, Pádua Fernandes, para saber se o setor está preparado para as chuvas.

— Já temos um plano de contingência. A chuva constante já é costumeira desta época do ano. Nosso plano foi fechado com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar (PM). A primeira ação de atendimento é com os Bombeiros, se houver a necessidade da presença da Defesa Civil, seremos acionados — explicou.

Conforme informou Pádua, o nível do rio Itapecerica já subiu 30 centímetros com as chuvas dos últimos dias na região.

Neste mesmo ano, as chuvas foram protagonistas de inúmeros transtornos na cidade. Em alguns temporais, diversas ruas se tornaram quase intransitáveis, devido a alagamentos, sem contar as inúmeras lojas que foram invadidas pela água.

Além do prejuízo financeiro, há a preocupação com a segurança das pessoas no trânsito.

Se já não bastassem todos os transtornos que uma enchente traz, há ainda, após o recuo das águas, o alto risco de contaminação, que expõe a população a inúmeras doenças, além do aumento de acidentes como afogamentos, lesões corporais e choques elétricos.

Ocorre também o aumento na proliferação dos vetores de doenças, como ratos e mosquitos, e de picadas de animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e cobras.

O simples contato com a água contaminada pode ocasionar na transmissão de doenças, como leptospirose, hepatites A e E, febre tifoide, cólera, além de causar um aumento nos casos de dengue. 

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