PM diz que casos de drogas em escolas de Divinópolis são esporádicos

 

Gisele Souto

Uma ocorrência registrada na manhã de ontem chama atenção e deixa pais preocupados em Divinópolis. Um adolescente de 14 anos foi pego fumando maconha em uma escola no bairro Candelária. Ele, que não esteve sozinho no caso, foi descoberto devido ao cheiro da droga.  

A Polícia Militar (PM) foi chamada e entrou em contato com os pais dos estudantes. Todos foram levados à delegacia de Polícia Civil, onde foram ouvidos e liberados.

À polícia, alguns adultos que presenciaram o caso disseram que o consumo de drogas por menores de idade é comum na região. Eles afirmaram ainda que criminosos ligados ao tráfico induzem estudantes a se viciarem e atuarem na venda de drogas.

Não procede 

O comandante da 53ª Companhia da Polícia Militar (PM), capitão Filipe Cardoso Borges, afirmou à reportagem que alunos não ficam na porta da escola. Um simples caso de uso de droga por um estudante e não dois, como mencionado por alguns veículos de comunicação.

— Quando a equipe chegou ao local, se encontrou com o pai deste adolescente de 14 e o pai de outro, mas somente esse primeiro garoto teria feito o uso da droga. Foi relatado o fato e a guarnição fez a ocorrência — explica.

O militar disse ainda que a ocorrência não é comum como foi propagado e que muitas vezes acontece de pessoas fazerem o uso de drogas perto das escolas. Mas, na maioria das vezes, esses casos não envolvem alunos.

— Na verdade, comenta-se mais do que ocorre. São casos mais esporádicos. E isso não é somente com a escola citada, mas em várias na cidade — completa.

Patrulha Escolar 

A Patrulha Escolar da PM atuava nas portas e nos arredores das escolas para inibir ou mesmo reprimir ocorrências desse tipo. Porém, foi desativada em 2015, a pedido do comando local, devido a outras prioridades.

Borges revela que desde então a PM não recebeu muitas demandas para o retorno da Patrulha Escolar. Assim, as outras viaturas fazem as rondas, como ocorreu na Escola Estadual Vicente Mateus.

Ainda sobre a escola, uma mãe moradora do bairro Jardim das Oliveiras, que prefere não se identificar para evitar indisposições, diz que tirou o filho da escola no início de 2017. Ele foi transferido para um bairro mais distante para “evitar contatos não recomendados”.

Prevenção 

O capitão lembra que a PM atua em frentes preventivas para evitar que estudantes se aproximem do mundo das drogas, com ênfase no Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).

— Além das aulas, os militares do Proerd orientam os professores e diretores e conversam com alunos antes de depois das aulas — conta.

Somente no ano passado, 50 escolas em Divinópolis foram atendidas, com a participação de 2.665 alunos.

 

 

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