Pessoas acima dos 60 anos aumentaram quase 10% em uma década no Brasil

Pessoas com essas idades no mercado de trabalho possuem baixa média de anos de estudos, 5,7 anos

 

A proporção de idosos de 60 anos ou mais, na população brasileira, passou de 9,8% (2005) para 14,3%. (2015), de acordo com a “Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2016”.

O estudo levou em containformações do IBGE, Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho, trata sobre a realidade social do País, analisando vários aspectos: aspectos demográficos, famílias e arranjos, grupos populacionais específicos (crianças e adolescentes, jovens e idosos), educação, trabalho, padrão de vida e distribuição de renda e domicílios.

Em Divinópolis, com uma população estimada em 233 mil habitantes, as pessoas acima dos 60 anos somam 14.912 mulheres (cerca de 6,4%) e 11.673 homens (pouco mais de 5%), o que significa que mulheres vivem mais em Divinópolis, segundo dados do IBGE, atualizados para 2016.

 

Nível de ocupação

 

Um destaque do estudo SIS refere-se ao nível de ocupação dos idosos, entre 2005 e 2015, que caiu de 30,2% para 26,3%. Houve mudanças também no perfil dos idosos que trabalham: a proporção de idosos ocupados que recebiam aposentadoria, diminuiu de 62,7% para 53,8%, enquanto a participação de pessoas com 60 a 64 anos entre os idosos ocupados, aumentou de 47,6% para 52,3%.

Entre os idosos ocupados, 67,7% começaram a trabalhar com até 14 anos de idade. As pessoas de 60 anos ou mais inseridas no mercado de trabalho possuem baixa média de anos de estudos (5,7 anos) e 65,5% delas tinham o ensino fundamental como nível de instrução mais elevado.

As proporções de idosos de 60 anos ou mais e de adultos de 30 a 59 anos cresceram de 4,5% e 4%. Por outro lado, houve redução das proporções de crianças de 0 a 14 anos (5,5 %) e de jovens de 15 a 29 anos (3,8 %), sugerindo uma nítida tendência de envelhecimento demográfico.

 

População jovem

 

A proporção dos jovens de 15 a 17 anos de idade que somente estudavam, aumentou de 59,3% para 70,9%, diminuindo a proporção daqueles que estudavam e trabalhavam, de 22,3% para 14,1%. Quanto à taxa de escolarização para este grupo ela avançou lentamente de 81,6% para 85,0%, encontrando-se em atraso escolar ainda 40,7% dos estudantes.

Um em cada quatro jovens de 15 a 29 anos (22,5%) não frequentava escola nem trabalhava em 2015, os chamados “nem-nem”. Em 2015, eram 19,7%. A proporção de pessoas de 25 a 34 anos que estavam na condição de filho no arranjo familiar passou de 21,7% para 25,3%.

 

Condição feminina

 

Considerando o crescimento no percentual de homens que não estudavam nem trabalhavam, de 11,1% para 15,4%, entre 2005 e 2015, o percentual de mulheres nessa condição ainda é muito superior e chega a 29,8%.

Essa situação feminina pode estar relacionada às barreiras para a entrada de mulheres no mercado de trabalho e à dedicação aos afazeres domésticos. O percentual de mulheres jovens que não estudavam, nem trabalhavam, nem procuraram trabalho (inativas) era de 21,1%, em, 2015, enquanto o das que não estudavam, nem trabalhavam, mas procuraram trabalho (desocupadas) era de 8,7%. As mulheres “nem-nem” que cuidavam de afazeres domésticos, dedicando-lhes em média 26,3 horas semanais, chegou aos 91,6% delas.(FF)

 

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