Perda de tempo!

Preto no Branco 

Enquanto pelo menos seis candidatos já estão em plena campanha e a metade deles já lançou candidatura, os ex-deputados Jaime Martins (Pros) e Fabiano Tolentino (CDN) saem atrás porque ainda não chegaram a um acordo sobre a formação de chapa. É costume de Jaiminho se posicionar de última hora para evitar desgaste, como visto em processos eleitorais anteriores, porém, neste caso, esta prática pode ser prejudicial não somente a ele, mas a Tolentino e ao seu filho Bruce, caso ele componha a chapa, e não o próprio Jaime.  Basta levar em conta que, além de os outros já estarem trabalhando – o que os torna já conhecidos da população –, as convenções estão batendo às portas, e perder tempo em uma disputa tão acirrada pode significar o comprometimento de toda uma expectativa de ocupar a principal cadeira do Município.

Queda de braço

O última reunião entre e Tolentino e Jaiminho foi na quinta-feira, mas terminou sem acordo. Nos bastidores, a informação é de que Fabiano cobrou de Jaime uma definição o mais rápido possível, uma espécie de ultimato. Na verdade, pessoas próximas dizem que Jaiminho só sai se ele for cabeça de chapa. Por outro lado, Fabiano só sairia com Bruce, se ele for o candidato a prefeito. A continuar a assim, esta queda de braço se arrastará até o fim do mês. Enquanto isso, pelo menos mais três terão lançado suas pré-candidaturas, deixando os dois no último lugar da fila.

Disse me disse

Em Divinópolis, onde a política é meio que peculiar, a movimentação ocorre não é somente no meio dos candidatos que buscam definição para a disputa eleitoral em novembro, mas entre os que exercem os cargos atualmente. Um tal de fala de lá, responde de cá, no Legislativo e no Executivo. Bate-boca desnecessário que não leva ninguém a lugar nenhum, muito menos nada à população. O projeto do Executivo que suspende o repasse mensal ao Instituto de Previdência dos Servidores (Diviprev) é um exemplo. Por que em vez de um poder defender a aprovação e parte do outro mandar ver com uma enxurrada de críticas, especialmente nas redes sociais, não sentam à mesa e discutem, como representantes do povo que dizem ser, uma forma de resolver o problema? O debate como pessoas civilizadas há muito foi trocado pelas agressões nas redes sociais. E o pior: ainda tem gente que bate palma, o que explica as escolhas nas urnas.

O que justifica?

E por falar em vídeos e urnas, ao que tudo indica, neste ano, não será muito diferente. O que se vê nas redes sociais – especialmente de muitos que ainda não se declararam, mas está na cara que serão pré-candidatos a vereador – é de doer. Cada fala, cena e propósito que, sinceramente, não se distingue do ridículo ou de loucura. Não é possível que uma pessoa em sã consciência se submeta a este papel. A não ser que a sede pelo poder ou pelo dinheiro fácil a cegue. Não tem outra explicação. O que só aumenta a responsabilidade do eleitor. E que responsabilidade!

Puxar votos 

Os espetáculos vistos nos últimos dias até se justificam. As mudanças instituídas pela reforma eleitoral promulgada pelo Congresso Nacional 2017 por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pôs fim às coligações nas eleições para vereadores e deputados, que entra em vigor neste ano. Isso significa que os partidos sairão sozinhos, e os candidatos a vereador vão precisar rebolar para conseguirem se sentar em uma das cadeiras do Legislativo. Outro fator interessante nesta mudança  é um aumento no número de candidatos a prefeito, visto que candidaturas majoritárias teriam o poder de puxar votos para as postulações proporcionais. O que explica a quantidade de pretendentes a ocupar a cadeira de prefeito na principal cidade do Centro-Oeste mineiro.

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